Feira de Santana

Chuva: moradores do bairro Baraúnas reclamam de prejuízos causados por alagamentos

Em algumas casas, a água e a lama atingiram quase um metro de altura. Com medo, alguns moradores não conseguiram dormir.

21/04/2021 às 17h44, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade e Ney Silva


Os moradores da Rua Petronílio Pinto e de ruas transversais no bairro Baraúnas, em Feira de Santana, amanheceram literalmente dentro da lama, nesta quarta-feira (21), após terem suas casas alagadas durante a intensa chuva que vem caindo em Feira de Santana, desde terça-feira (20).

Em algumas casas, a água e a lama atingiram quase um metro de altura e destruíram móveis e eletrodomésticos, além disso, havia um forte mau cheiro. Preocupados e limpando a sujeira, muitos moradores não conseguiram dormir.

A Prefeitura Municipal de Feira de Santana, através da empresa Sustentare, enviou caçambas e quase 30 homens para fazer uma limpeza na rua. Até o final da manhã, ao menos três caçambas de lama e lixo foram retiradas.

Luciana Aparecida Duarte, que mora com o marido, os filhos e o sogro na Rua Petronílio Pinto, disse ao Acorda Cidade que só pode comprar móveis pequenos para que eles possam levantá-los, em momentos de chuva forte.

Foto: Ney Siva/Acorda Cidade

“Entrou água de uma forma que a gente ficou desesperado. Aí teve que levantar os móveis. A gente já não tem quase nada porque já perdemos tudo, só tem uma cadeira em minha casa. O Sofá é novo e o rack, porque a gente já tinha perdido tudo da outra vez. Sempre perdemos móveis, cama, a beliche das meninas perdeu, tem um guarda-roupa ali despencando, o guarda-roupa grande não tem mais, temos que comprar coisas pequenas porque quando chove tem que colocar tudo no alto. Entram junto lama, rato, barata e quando seca é uma poeira que me deixa o ano todo doente, porque tenho rinite”, reclamou.

O motorista aposentado Joseval Araújo, morador da Travessa Antônio Bocão, uma rua transversal da Petronílio Pinto, disse que foi dormir muito tarde, com medo da água subir mais.

“Foi um sufoco. Além de ficar na ansiedade pensando em ela acabar de subir. É muita lama que vem de lá de cima e entra aqui por trás. Fui dormir mais de uma hora da manhã. Subiu mais ou menos dois palmos. Subiram a água e a lama”, contou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O morador da Rua 12 de Junho, Vanderley Santana, também uma transversal da Petronílio Pinto, disse que a casa dele tem um batente alto, mas mesmo assim não conseguiu livrar-se de ter a casa alagada mais uma vez. Ele contou ao Acorda Cidade que mora no local há 40 anos, já perdeu guarda-roupa, estante… e disse que ficou até as 2h da madrugada de hoje (21), limpando a casa que ficou cheia de lama.

“Cochilei e estou de novo limpando a casa. O certo aqui é colocar uma manilha maior para aguentar essa invasão de água que vem do Campo Limpo, Jardim Cruzeiro, Sobradinho, que vem tudo pra cá. Tem que colocar uma manilha de mais ou menos um metro para aguentar essa água. Fazer como fizeram na Chácara São Cosme, lá não alaga assim, porque a drenagem de lá é boa”, sugeriu.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

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