Música

Das coisas que aprendi nos discos: Paulo Diniz - Paulo Diniz, 1985

"I don't want to stay here I wanna to go back to Bahia"

21/11/2020 às 08h12, Por Rachel Pinto

Compartilhe essa notícia

Por Carlos H. Kruschewsky*

.
Esse disco me lembra bastante da minha infância. Lembro de viajar com meu pai, ele perguntar: "Quem tá cantando?" E eu tentar adivinhar o artista sem ver a capa do CD que tocava no som do carro. Posso estar enganado, mas acho que por muito tempo Paulo Diniz e Diana Pequeno foram os artistas favoritos dele (mas sobre ela falaremos num futuro, quando eu mostrar o LP).

Então, vou dedicar esta resenha a Paulo Diniz, um artista pernambucano que fez muito sucesso no finalzinho da década de 60. Ele trabalhou como engraxate, baterista, locutor e ator de rádio. Mudou para o Rio de Janeiro em 1964, trabalhou na Rádio Tupi e, daí em diante, passou a compor para muitos artistas.

Este disco é uma coletânea. Embora prensado em 1985, suas canções são mais antigas que isso. Um dos exemplos é "Quero voltar p'ra Bahia", composta em homenagem a Caetano Veloso, que se encontrava exilado em Londres, no período da Ditadura Militar. Quatro anos depois, musicou o poema de Carlos Drummond de Andrade "E Agora José"; a canção se chama apenas “José”. Em parceria com amigo Odibar (também compositor), como na maioria das vezes, compôs ainda a famosíssima "Pingos de Amor".

Paulo afastou-se das gravações de 1987 até 1996, por conta de graves problemas de saúde. Tentou retornar à carreira em 1997, mas, em 2005, seu quadro de saúde agravou-se e ele ficou paralítico dos membros inferiores. Paulo Diniz segue vivo! Completou 80 anos em 2020 e continua fazendo alguns shows em Recife e outras capitais do Nordeste. Mas me conta aí: você conhecia esse artista ou sou eu que já sou um velho?
.
MELHORES FAIXAS:
•Pingos de Amor
•Como?
•Quero Voltar p'ra Bahia

.
#vinil #lp #vinylcollection #discodevinil #vinylcollector #instavinyl #discos
#longplay #vinyllovers #colecionadoresdevinil

*Carlos H. Kruschewsky é psicólogo, psicanalista, presidente do Dragornia Moto Club, BeerSommelier, Homebrewer, sócio da Dragornia Cervejaria e Colecionador de Discos. Instagram: @sr.ck @dragornia

Leia também:

Das coisas que aprendi nos discos: Alucinação – Belchior, 1976

Das coisas que aprendi nos discos: As Quatro Estações – Legião Urbana, 1989

Das coisas que aprendi nos discos: Mamonas Assassinas, 1995

Das coisas que aprendi nos discos: Sgt. Pepper's Lonely Heart Club Band – The Beatles, 1967

Das coisas que aprendi nos discos: Krig-ha, Bandolo! – Raul Seixas, 1973

Das coisas que aprendi nos discos: Appetite for Destruction – Guns n' Roses, 1989 

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade