Saúde

Alterações hormonais e emocionais favorecem problemas cardiovasculares nas mulheres

Sobre os tratamentos para as doenças cardiovasculares, o médico Germano Lefundes destaca que existem vários. Segundo ele, o tratamento vai depender dos problemas encontrados no paciente e destaca que mais importante que o tratamento é pensar na prevenção.

08/03/2018 às 16h19, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Pesquisas apontam que doenças cardiovasculares são causas crescentes de mortes no universo da população feminina. Em 2017, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o total de óbitos por Acidente Vascular Cerebral (50 mil) equiparou-se ao dos homens. Quanto aos infartos, tiraram a vida de 45 mil mulheres.

O cardiologista Germano Lefundes, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia em Feira de Santana, afirma que a incidência de doenças cardiovasculares na população feminina é crescente como parte de um fenômeno geral.

“Essas doenças também têm aumentado em homens, por conta de maus hábitos, do sedentarismo, da má alimentação associada ao consumo de sal e gordura. Na mulher há um aumento mais exponencial, após a menopausa, pois ela perde a proteção conferida pelo estrógeno, que são hormônios femininos que protegem um pouco das doenças cardiovasculares”, explicou.

A emotividade feminina também pode ter interferência nas doenças cardiovasculares, já que, segundo o médico, o estresse é considerado fator de risco. “Quando a gente pensa em emotividade, a gente precisa fazer uma referência ao estresse emocional. Mulher é mais sensível e nas suas tarefas diárias de sobrecarga de trabalho, dupla jornada, ela acaba sofrendo um pouco mais. A mulher faz muito esse papel acolhedor e com isso o estresse emocional aumenta, contribuindo para o surgimento das doenças”, disse.

Sobre os tratamentos para as doenças cardiovasculares, o médico Germano Lefundes destaca que existem vários. Segundo ele, o tratamento vai depender dos problemas encontrados no paciente e destaca que mais importante que o tratamento é pensar na prevenção.

“A gente consegue a prevenção quando adota meios de corrigir fatores de risco. Basicamente é adotar uma vida saudável, praticar atividade física de cerca de 50 minutos, uma alimentação rica em frutas e verduras, uma alimentação balanceada com baixo teor de sódio e com porções equilibradas de carboidratos e gorduras, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o tabagismo, diminuir o estresse e fazer avaliações periódicas”, informou.

Atento aos sintomas

O médico acrescentou ainda que muitas pessoas chegam ao consultório com sintomas que são atípicos para doenças cardiovasculares, principalmente quando se fala em infarto. Mas alerta que existe uma diferença grande de sintomas entre homens e mulheres.

“O sintoma mais comum quando lidamos com o paciente tendo infarto, continua sendo dores no peito, mas mulher costuma ter sintomas atípicos como fraqueza, palpitação, uma sensação de cansaço e não necessariamente vem acompanhado de dor, pode ter náusea, enjoo e é importante ficar atento aos sintomas para que a paciente procure a unidade de saúde com maior brevidade possível, pois isso vai impactar na diminuição da mortalidade”, destacou Germano Lefundes.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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