Confusão
APLB faz manifestação e interrompe realização de Jornada Pedagógica
O evento prossegue até o dia 3 com o tema: Práticas que educam: responsabilidade de todos, compromisso da escola’ e tem como objetivo o planejamento do ano letivo.
01/02/2016 às 17h20, Por Andrea Trindade
Rachel Pinto
Uma manifestação realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) impediu temporariamente as atividades que estavam programadas para acontecer na manhã de hoje (1º) durante a Jornada Pedagógica 2016 em Feira de Santana.
Reivindicando pautas da categoria a mobilização reuniu cerca de 16 pessoas que fizeram apitaço e gritos de guerra e interviram nas atividades da Jornada Pedagógica e na palestra do professor Eliseu Clementino. A manifestação chamou atenção do público que estava no local e dividiu opiniões sobre o assunto.
Uma professora que não quis se identificar considerou a manifestação uma falta de respeito e uma verdadeira confusão. “Não foi um momento adequado. A gente aceita vir para um lugar desse, se compromete com o evento e não foi isso que aconteceu. Foi uma falta de respeito, uma falta de educação “, afirmou.
Além da reserva de 1/3 da carga horária, a categoria reivindica o pagamento da licença pecúnia referente a 2015, das horas extras referentes a 2014 e 2015, o pagamento de 1/3 de férias integral para professores e a aprovação e implantação do Plano Municipal de Educação (PME).
A Secretária de Educação Jayana Ribeiro disse que a manifestação não foi uma atitude esperada da APLB, principalmente porque atrapalhou a continuidade da Jornada Pedagógica. “A gente fica envergonhado, eu sou da rede municipal professora concursada, fico triste com esse tipo de comportamento porque somos educadores e não é isso que a gente esperava. Porque se o professor tem esse tipo de reação aqui imagine o que está sendo pregado na sala de aula com os nossos alunos”, disse.
Segundo a secretária, a mobilização promoveu tumulto e inclusive o palestrante chegou a ser empurrado pelos manifestantes. Ela afirmou que o público entrou em consenso para continuar o evento, houve o convite para a APLB participar da mesa e dialogar, mas a representante da APLB, a professora Marlede Oliveira, se negou e o evento foi inviabilizado.
A representante da APLB, Marlede Oliveira, explicou que a medida de inviabilizar a jornada pedagógica foi uma decisão da categoria, acordada durante assembleia. “Nós cumprimos aquilo que os trabalhadores decidiram. Eu não vim aqui discutir executar uma coisa minha, pessoal, mas, a categoria está insatisfeita. Nós aprovamos de não participar da jornada e não começar o ano letivo. O ano letivo da rede municipal também está em jogo porque essa é pendência maior. Nós não estamos em um lugar que não tem democracia, assim como a prefeitura tem o direito de falar ao microfone dela, os professores também tem direito de se manifestarem”, afirmou.
O palestrante da Jornada Pedagógica, o professor Eliseu Clementino, considerou a atitude do sindicato deselegante e inoportuna. “Há um grupo de colegas que são do sindicato e tem a ver com pautas vinculadas ao Plano Nacional de Educação (PNE), ao piso nacional, a questão da carreira, e efetivamente a redução da jornada de trabalho. Em função disso, eu penso que é um equívoco atrelar questões da luta e da carreira com a invisibilização de uma jornada e de um coletivo de discussão. A gente tem que potencializar esses espaços coletivos para criar esse diálogo. Fui impedido de falar, foi extremamente deselegante e inoportuno e então é isso que a gente tem e eu fiquei impactado perplexo com a posição do grupo”, destacou.
A professora Cristina Passos, que participou do evento, também não concordou com o protesto. Ela ressaltou que acha importante o sindicato reivindicar suas pautas, mas que a Jornada não foi o momento para apresentar tais questões. “Eu realmente fiquei muito decepcionada enquanto educadora enquanto professora, com o posicionamento do sindicato. Temos muitas reivindicações pendentes para acertar com o governo, mas este não foi o momento. Esse espaço é da gente procurar informações para melhorar a qualidade da educação no nosso município”, afirmou.
Depois da interrupção da Jornada Pedagógica pela manhã e após os ânimos se aclamarem a Secretaria Municipal de Educação, juntamente com a comissão de educação municipal decidiu dar continuidade ao evento que tem programação até o dia (3) de fevereiro. Muitos participantes deixaram o espaço, mas outros continuaram, assim como alguns manifestantes.
O evento prossegue normalmente com o tema: Práticas que educam: responsabilidade de todos, compromisso da escola’ e tem como objetivo o planejamento do ano letivo.
As informações e fotos são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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