Polícia

Acusado de esquartejar jovem e esconder corpo em lan house é preso

Partes do corpo da vítima foram encontrados em sacos plásticos, no banheiro de uma lan house.

06/11/2014 às 17h27, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Por volta das 14 horas desta quinta-feira (6) foi preso por policiais militares da guarnição Peto 66, Paulo Sérgio Carvalho Luís Filho, o Paulo Sansão, acusado de ter esquartejado Saimo Lima Silva, 31 anos, no dia 28 de maio do ano passado, no bairro Santa Mônica, em Feira de Santana. Partes do corpo da vítima foram encontradas em sacos plásticos, no banheiro de uma lan house.

Na ocasião,  a delegada Milena Calmon disse ao Acorda Cidade que o corpo estava sem cabeça e sem pernas, apenas o tronco. Não havia sangue pelo local, somente um forte mau cheiro, o que levou a polícia a suspeitar que a vítima foi assassinada em outro lugar.

A identidade da vítima foi confirmada dois dias depois pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), através de exame das impressões digitais. O acusado foi preso em uma transversal da Rua Calamar, no bairro Conceição, após denúncia de familiares de Saimo.

“Parentes da vítima o identificaram e conseguimos prendê-lo. Ele estava morando em Feira de Santana mesmo, confessou o crime, mas alegou insanidade mental. Ele deixa transparecer isso, mas pode ser uma forma de resguardar-se do crime que cometeu”, disse o policial Lobo, da Peto 66.

O acusado afirmou que após o crime foi para a cidade de Santo Estevão e depois voltou para Feira de Santana. Paulo também afirmou que usou uma faca para amputar o corpo de Saimo, que morreu, segundo ele, após um suposto acidente, mas não quis dar detalhes.

“Eu não estava escondido, estava me ocultando (risos), eu não sei onde eu estava. Foi ruim, mas eu não quero falar como foi, foi um acidente. Eu não quero declarar. Eu nasci assim, sou problemático, sou doente. Se eu tivesse um tratamento correto, se o governo me protegesse da maneira como deveria eu não teria feito isso, e viveria da maneira correta”, disse.

Paulo alega que faz uso de remédio controlado e que esquartejou a vítima para esconder o corpo. “Eu usei a faca para cortar ele, os pedaços. Não tinha como eu carregar pela rua e eu tive que levar em um lugar que ninguém visse. Eu ví que estava fazendo uma coisa muito errada, a minha vida acabou ali. Tô mais ferrado do que antes daquilo. Foi um acidente. Eu fico louco às vezes, faço as coisa sem pensar. Quando eu tomo remédio eu fico controlado e eu não faço essas coisas. [Hoje] eu gritei e ninguém quis pegar meu remédio na mochila, ficou lá em casa”, disse o acusado que não soube precisar a própria idade. “Tenho uns 24 ou 25 anos”.


A mãe de Saimo, Tereza Gonçalves Lima, disse ao Acorda Cidade que apesar da dor e da saudade que sente do filho, está contente com a prisão de Paulo. “A cada dia que passa a saudade cresce mais ainda. Olho as fotos dele dentro de casa, converso com ele o tempo todo, um gato que era dele fica louco correndo para um lado e para o outro, mas pelo menos agora posso saber que haverá justiça e que essa criatura não ficará por aí cometendo novos crimes como fez com meu filho e acredito que ele já estava preparando mais uma vítima para passar a perna”, disse a mãe, emocionada.

Tereza disse também que passou dificuldades após a morte de Saimo, porque o filho trabalhava para ajudá-la. “Eu sabia que ele estava com outro visual, faltou vontade, porque ele tem dinheiro acharam que ele podia matar um pobre e ficar impune. Dizem que ele fez compras usando os documentos do meu filho, e ele estava com a foto do meu filho na idade dele. Ele tirou tudo de dentro de casa e não deixou vestígio nenhum e depois o delegado encontrou todos os pertences em um cofre”, declarou a mãe de Saimo informando que Paulo é primo de uma cantora famosa.

Lan house onde o corpo foi encontrado (Foto: Arquivo/Aldo Matos/Acorda Cidade)

Antes de saber da morte do filho, Tereza registrou uma queixa de desaparecimento informando que ele não dava notícias há mais de uma semana e deu a localização da lan house aos policiais. Segundo ela, Saimo sempre saía de casa por volta do meio-dia e retornava às 3 da manhã. Paulo era sócio da vítima, na lan house, que seria usada para instalar uma escola de informática.
 

Fotos e informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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