Fraude na Campanha do Desarmamento

Coordenador da ONG Movpaz é liberado do Conjunto Penal de Feira de Santana

Ele e o irmão estavam presos desde a última quinta-feira (29), em cumprimento a um mandado de prisão temporária, decretada pela 2ª Vara da Justiça Federal de Feira de Santana.

03/12/2013 às 11h14, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade
 
Foram liberados do Conjunto Penal de Feira de Santana, nas primeiras horas desta terça-feira (3), o coordenador nacional da ONG Movpaz Brasil, Clóves Nunes, e o irmão dele, Carlos Nunes, que estavam presos desde a última quinta-feira (28), em cumprimento a um mandado de prisão temporária, decretada pela 2ª Vara da Justiça Federal de Feira de Santana.

Eles foram presos por policiais federais durante a operação Vulcano, realizada em Feira, Cícero Dantas e Antas, na Bahia, e em Fortaleza, no Ceará.

 
Ambos são acusados de integrar uma suposta organização criminosa criada para fraudar o programa do Governo Federal, denominado Campanha de Desarmamento. Clóves e Carlos vão responder o processo em liberdade, uma vez que a prisão temporária não foi prorrogada e não foi decretada a prisão preventiva.


Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

 
No dia em que foi preso, Clóves Nunes afirmou que desconhece a fraude. "Preciso de uma explicação legal sobre o assunto porque as armas que chegam ao posto em Feira de Santana são todas pagas pela Polícia Militar e autorizadas pelo Ministério da Justiça. Algum mal entendido na campanha produziu essa ação”, declarou Clóves ao Acorda Cidade, em Feira. Ele foi preso em Fortaleza.
 
De acordo com a Polícia Federal,  a investigação apura a inserção fraudulenta, no Sistema Desarma, de dados de armas inexistentes e de cadastramento de armas artesanais como se fossem de fabricação industrial com a finalidade de gerar guias de pagamento das indenizações, causando prejuízo à União, no valor de aproximadamente R$ 1,3 milhão.
 
O delegado Wal Goulart, da PF,  explicou que na Campanha do Desarmamento todos os tipos de armas podem ser entregues no posto de arrecadação, porém apenas os donos de armas industriais têm direito a indenização pela entrega, que varia de R$ 150 a R$ 400. 
 
No entanto, a ONG Movpaz recebeu 8.820 pagamentos de indenizações pelo Governo Federal, quando deveria receber de apenas 400, pois a grande maioria das armas entregues não era industrial.
 
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