Membros da Associação de Bombeiros Civis de Feira de Santana participaram da sessão desta quinta-feira (11) na Câmara de Vereadores. O presidente da instituição utilizou a tribuna para defender métodos de aplicação e manutenção da lei federal 13.722. O instrumento, conhecido como Lei Lucas, determina que professores devem ser capacitados em noções básicas de primeiros socorros.
A lei é clara ao definir que a capacitação deve ter como público-alvo o corpo docente e membros de escolas, públicas e privadas, que trabalhem com educação infantil básica. No caso de Feira de Santana, a rede pública para esta faixa etária é administrada exclusivamente pela prefeitura.
Efeito cascata
Ao Acorda Cidade, Jota Lobo, presidente da associação, defendeu que a fala dele na tribuna da Câmara foi motivada também pelo debate que ocorreu na Casa durante a semana passada sobre a instalação de detectores de metais nas escolas do município. Para Lobo, a segurança dos alunos vai além da instalação dos componentes que coíbam a entrada de objetos inapropriados.
“A lei já existe, falta implementá-la. Ela tem carga horária, mas nós vamos implementá-la em conformidade com o município, para que não atrapalhe a carga horária do ensino. A partir daí, vamos passar essa informação a todos os professores, para que eles conheçam a Lei Lucas. É um treinamento rápido, um SBV (Suporte Básico de Vida) e, a partir daí, eles transmitem isso para os alunos, ou, se quiserem, a gente pode fazer também”, disse o presidente.
“A proposta é gera um efeito cascata. Nós vamos ensinar os professores e os professores vão ensinar os alunos. Para isso não precisa ter uma carga horária fixa. Todos os dias eles aplicam alguma coisa, mostram o que foi aprendido no SBV, seja como um controle de hemorragia, imobilização de uma fratura ou até mesmo, em casos mais graves, o que fazer diante de uma parada cardiorrespiratória”, complementou Jota.
Momento oportuno
O presidente ainda afirmou que levar, de forma efetiva, esse tipo de conhecimento aos professores pode ajudar muito na condução de algumas situações de “risco” dentro do ambiente escolar. Para Jota, o momento é uma boa oportunidade para multiplicar os conhecimentos acerca de métodos de segurança, para prevenir vidas durante um princípio de incêndio e até mesmo prestar primeiros socorros a uma vítima.
“Nós possuímos não só a estrutura física, se for necessário, a gente tem um espaço para isso, como também a estrutura de materiais, como boneco de reanimação, que é a RCP, as próprias máscaras, luvas, ataduras, todo equipamento para treinamento a gente tem condições de estar viabilizando, se for necessário”, concluiu Lobo.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Jaqueline Ferreira, ambos do Acorda Cidade
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