Um comerciante falou com a reportagem do Acorda Cidade para alertar a população sobre os riscos de acidentes próximo à estação do BRT da Avenida João Durval, em Feira de Santana. Gustavo Pimentel, que reside e trabalha próximo à Feirinha da Estação Nova, acompanha de perto os perigos que os pedestres têm enfrentando com a alta velocidade dos veículos que descem o viaduto.
“A gente está tendo bastante dificuldade de atravessar, principalmente o pessoal que chega pela manhã para trabalhar nas clínicas aqui perto, para trabalhar na feira livre, que é a Feirinha da Estação, e para trabalhar nas escolas, tem os alunos, crianças pequenas, os idosos que vêm à feira”.
De acordo com Gustavo, o local já foi cenário de vários acidentes, inclusive com vítimas que foram atropeladas, socorridas, mas não resistiram, como o caso de Ana Cleide Francisca de Jesus Carvalho, de 48 anos. Ela foi atropelada em outubro do ano passado, quando tentava atravessar próximo ao BRT. (Relembre aqui)
Para melhorar a trafegabilidade na região, o comerciante cobra uma faixa de pedestres próximo ao local para auxiliar na passagem de um lado para o outro da avenida.
“A gente não tem nenhuma faixa de pedestre que nos auxilie a atravessar, sendo que em locais de uma grande visibilidade, como na Avenida Fraga Maia, foi colocado um semáforo de pedestre. Então, a gente gostaria que a iniciativa pública municipal fizesse o favor de nos atender aqui para que a gente não corra risco.”
Segundo o superintendente de trânsito, Ricardo Cunha, informou ao Acorda Cidade, próximo ao local já existe um radar para fiscalizar, mas também para inibir a alta velocidade. De acordo com ele, melhorias e novas faixas de pedestres já estão previstas para a região.
“Vai haver algumas mudanças também ao nível de estrutura e de engenharia, visto que a gente não pode ter faixa de pedestre na descida de viaduto. Vamos entender qual a distância para a primeira faixa e outras medidas moderadoras de tráfego que, ao fim dos estudos serão implementadas no local”, respondeu ao Acorda Cidade.
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Como Gustavo já afirmou, próximo do entreposto comercial bastante movimentado que é a Feirinha da Estação, a região ainda tem a presença de muitas clínicas, escolas e supermercados. Por isso, o fluxo de pedestres atravessando é constante.
“Às vezes, motoristas de ônibus têm que atravessar o ônibus na pista, aí já é um perigo para os outros veículos até colidirem, para que pessoas possam atravessar. A estação do BRT está funcionando de forma parcial.” Ele também afirmou que muitas pessoas acabam perdendo o transporte público porque para chegar ao outro lado em segurança, onde fica o ponto de ônibus, demora bastante.
O comerciante ainda critica que a estação do BRT só funciona em um dos sentidos da pista (Boulevard Shopping – Getúlio Vargas), o que aumenta ainda mais a velocidade dos veículos que trafegam do lado oposto.
“O primeiro motivo foi um processo de engenharia mal feito. Porque na descida do viaduto não chega a ter 200 metros para o BRT. Então, qualquer carro que descesse de forma até com 60 km por hora, ele poderia colidir no ônibus do BRT porque ficaria do mesmo lado”.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Leia também: Mulher morre após ser atropelada em Feira de Santana
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