A proposta do Ministério dos Transportes que prevê o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tem gerado preocupação entre representantes do setor. De acordo com a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), a medida pode aumentar o risco de acidentes. O tema foi debatido em audiência pública na última terça-feira (2), na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
Na quarta-feira (3), uma comissão de proprietários de autoescolas de Feira de Santana se uniu a representantes de diversas cidades do país em Brasília, totalizando mais de 3 mil participantes. O grupo se reuniu com parlamentares para defender a manutenção do curso teórico e prático como etapa obrigatória no processo de formação de condutores.
Segundo Anderson Trindade, também proprietário de autoescola em Feira de Santana, a mobilização contou com a liderança do deputado federal Zé Neto, presidente da Comissão Parlamentar em Defesa da Educação para o Trânsito. Ele destacou que a proposta do ministério preocupa por retirar das autoescolas o papel central na formação de novos motoristas.
“Mais de 40 parlamentares se manifestaram durante a audiência e todos foram incisivos sobre a necessidade de manter o curso obrigatório. Isso nos dá esperança de que a medida não seja aprovada”, afirmou Trindade em entrevista ao Acorda Cidade.
A fala em nome da categoria foi feita pelo presidente do sindicato nacional das autoescolas, Wellington Oliveira, que esteve à frente das negociações.
Para os representantes feirenses, a mobilização foi positiva e mostrou a força do setor. “Foi uma movimentação bastante ordeira e organizada, e os parlamentares perceberam a importância da nossa luta. Seguiremos mobilizados em defesa da educação para o trânsito”, concluiu Anderson Trindade.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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