Rachel Pinto
Bancários e sindicalistas realizaram na manhã desta quarta-feira (7), uma manifestação em frente à agência do Banco do Brasil da Rua JJ Seabra, em Feira de Santana, para protestar contra o fechamento da agência e a demissão de aproximadamente 15 funcionários.
A agência funcionará até o dia 27 de dezembro, e os funcionários que não adotarem a demissão voluntária ou o plano de aposentadoria incentivada serão transferidos para outras agências.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
A presidente do Sindicato dos Bancários, Sandra Freitas, disse que essa decisão de fechar agências do Banco do Brasil está acontecendo em todo o país e haverá demissão de 18 mil trabalhadores. Ela salientou que esta é uma decisão que faz parte de um governo que ela considera golpista e vai de encontro com os direitos do trabalhador e o fomento das questões bancárias.
Sandra Freitas informou ainda que a agência do Banco do Brasil da Avenida Getúlio Vargas, em 2017, irá funcionar apenas internamente e não haverá caixas.
“Os funcionários serão demitidos e os usuários vão penar nas enormes filas. Nossa luta não se limita à proteção do trabalho bancário, a luta é também para que os clientes tenham atendimento de qualidade. É inadimissível, um banco como o Banco do Brasil que apenas nos primeiros nove meses de 2016 lucrou mais de sete bilhões de reais feche agências e exponha os clientes a tamanhas filas. E o pior, em todas as agências do Banco do Brasil, a partir da semana passada, o auto-atendimento está funcionando das 8h às 18h. Eles incentivam as pessoas a procurarem o auto-atendimento e depois limitam. Isso é um absurdo. É um golpe contra o povo mais pobre e contra o trabalhador”, enfatizou.
A sindicalista informou que instituições como o Procon, Ministério Público (MP), Delegacia Regional do Trabalho, Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs), Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal foram contactadas para que se juntem ao sindicato e possam manter o funcionamento das agências na cidade garantindo os empregos dos funcionários e o atendimento ao público.
“Providências precisam ser tomadas. Esperamos que façamos uma corrente e uma força única para barrar esta decisão que prejudica a população e demite os funcionários", acrescentou.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.