Em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (17), direto de Brasília, o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, esclareceu a situação dos precatórios dos professores da rede municipal.
O gestor reforçou que não há recursos disponíveis no caixa da prefeitura para efetuar o pagamento imediato dos precatórios e que o valor só está programado para ser recebido pelo município em 2026.
“Tem hora que parece que é o prefeito que não quer pagar. Recebo mensagens no WhatsApp de professores pedindo: ‘Prefeito, pague meu precatório, eu estou precisando’. Mas não existe dinheiro de precatório na prefeitura. O recurso só está programado para 2026”, afirmou.
José Ronaldo detalhou que a antecipação do pagamento depende exclusivamente do interesse de instituições financeiras em adquirir os precatórios. Segundo ele, a administração municipal já publicou editais para a venda, mas não houve interessados.
“Publicamos o edital, ficou 30 dias aberto e não apareceu ninguém. Repetimos o processo mais de uma vez, em atenção aos professores, mas novamente não houve interesse do sistema financeiro em comprar os precatórios”, explicou.
O prefeito ainda disse que não recebeu nenhum contato formal de fundos ou instituições financeiras com interesse nessa operação.
“Alguém diz que existe um fundo interessado. Que fundo é esse? Não sei. Esse fundo nunca teve contato comigo nem com ninguém da gestão pública. Se realmente houver interesse, é preciso se dirigir ao município, se inscrever e demonstrar oficialmente que deseja comprar os precatórios. Não pode ser de qualquer forma, tem de ser dentro do princípio da legalidade, da honestidade e da transparência”, afirmou ao Acorda Cidade.
Ele ressaltou que a venda dos precatórios só está sendo buscada em atenção aos pedidos dos professores.
“Inclusive, não estava nem no planejamento da prefeitura vender. A venda, se acontecer, será exclusivamente para atender os professores, que estão precisando do dinheiro. Se não fossem eles, eu esperaria o pagamento normal em 2026”, disse.
José Ronaldo destacou ainda que sempre esteve aberto ao diálogo com a categoria. “Nosso interesse é que os professores recebam os precatórios, mas para isso é preciso que alguém compre esses créditos. Nunca me furtei a receber ou a explicar. Recentemente, eles foram recebidos pela secretária de Administração sem nenhuma dificuldade. Sempre que quiseram conversar comigo, foram recebidos”, concluiu.
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