Em visita a Feira de Santana nesta segunda-feira (21), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, falou sobre a posição do governo brasileiro em relação à tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil. O senador afirmou que a postura dos Estados Unidos é “inconcebível”, já que a questão não é comercial.
“Estão fazendo isso querendo interferir nas questões internas do país, fazendo crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que é inconcebível. Não podemos aceitar que um país estrangeiro possa falar como deve funcionar o Executivo ou o Judiciário brasileiro. A soberania brasileira não está em jogo, não se toca”, afirmou.
Wagner defendeu que os Estados Unidos têm o direito de impor tarifas sobre os produtos brasileiros, assim como o Brasil também pode taxar os produtos norte-americanos, porém, o senador afirmou que esse não é o objetivo do governo.
“Estamos vivendo um momento no mundo inteiro bastante conturbado. É preciso reconhecer que a chamada direita, tanto aqui no Brasil quanto fora dele, tem tentado se reorganizar, na minha opinião de uma forma muito perigosa, sempre flertando com o autoritarismo. Eles vendem mais para nós do que nós para eles, mas tudo bem. É uma decisão do presidente de lá”, disse.
Jaques Wagner afirmou ainda que pretende viajar aos Estados Unidos para encontrar um grupo de senadores americanos que se interessa por assuntos relacionados ao Brasil. “Vamos tentar conversar, não temos interesse em gerar conflitos. Os Estados Unidos sempre foram nossos parceiros, independentemente de quem estava no governo, e queremos seguir assim”.
Chapa ‘puro-sangue’
Jaques Wagner também comentou sobre a chamada chapa ‘puro-sangue’ para as eleições de 2026, que seria composta pelo governador Jerônimo Rodrigues como candidato à reeleição, Rui Costa e o próprio Jaques Wagner disputando as vagas no Senado.
Segundo Wagner, a discussão sobre a formação da chapa deve ser adiada para o próximo ano, mas ele adiantou que há três bons candidatos – Rui, Coronel e ele próprio – para as duas vagas ao Senado.
“Vamos deixar essa discussão para março. Não há chance de quebrar minha relação com Otto ou com Coronel, a não ser que Coronel queira tomar outro caminho. A política se faz com diálogo e entendimento, e a gente vai se entender”, garantiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Leia também
Secretário de Desenvolvimento da Bahia busca mercados alternativos para minimizar taxação de Trump
Jerônimo sobre chapa ‘puro-sangue’: “Isso é política”
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e Youtube e grupo de Telegram
Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.
Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.