Feira de Santana

Permissionários participam de audiência de conciliação sobre taxas do Shopping Popular

A pauta de conciliação é sobre o valor do contrato de aluguel, que os permissionários consideram abusivo.

Permissionários participam de audiência de conciliação sobre taxas do Shopping Popular Permissionários participam de audiência de conciliação sobre taxas do Shopping Popular Permissionários participam de audiência de conciliação sobre taxas do Shopping Popular Permissionários participam de audiência de conciliação sobre taxas do Shopping Popular
Shopping Popular Cidade das Compras em Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Representantes da Associação em Defesa dos Camelôs (Adecam) participaram nesta quinta-feira (24) de uma audiência de conciliação no Fórum Desembargador Filinto Bastos sobre o impasse gerado entre o consórcio que administra o Shopping Popular Cidade das Compras, a prefeitura de Feira de Santana e os permissionários do empreendimento.

De acordo com a presidente da Associação, a comerciante Elizabeth Araújo de Jesus, a audiência foi marcada pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Nunisvaldo dos Santos.

“O motivo da nossa vinda hoje no Fórum é uma audiência de conciliação, que o juiz Nunisvaldo decidiu, que hoje existe essa pauta, e a gente precisa sentar com os órgãos da prefeitura, o Ministério Público, e Defensoria, para a gente conciliar sobre esse conflito que acontece no shopping já há dois anos. Então hoje a gente veio com uma expectativa positiva, porque a gente veio apresentar uma proposta que seja favorável e a gente consiga manter. Estamos confiantes que tudo será resolvido”, afirmou Elizabeth Araújo.

Representantes da Associação em Defesa dos Camelôs (Adecam) participaram nesta sexta-feira (24) de uma audiência de conciliação no Fórum Filinto Bastos sobre o impasse gerado entre o consórcio que administra o Shopping Popular Cidade das Compras, a prefeitura de Feira de Santana e os permissionários do empreendimento.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A pauta de conciliação, segundo ela, é sobre o valor do contrato de aluguel, que os permissionários consideram abusivo.

“A gente entende que tem a despesa básica, o condomínio, mas ainda é caro, porque o espaço não proporciona fluxo para que possa manter. Tem quase dois anos que a gente paga o condomínio, e muitos camelôs não conseguiram dar conta, saíram, foram expulsos, abandonaram, então hoje é um dia importante para definir o que paga fixo a partir de 2023 e ficar sossegado. Trouxemos a proposta hoje, que é a tabela de preços públicos do município, que a gente quer usar como base para quem sabe o juiz possa analisar, junto com o Ministério Público e a Defensoria, a prefeitura e o Consórcio, e bater o martelo neste problema que nos atinge há quase esses dois anos que se passaram”, informou.

Participam da audiência o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Secretário Sebastião Cunha, da Secretaria de Desenvolvimento, além da Associação.

“No nosso entendimento, como Associação, a prefeitura tinha autonomia e podia tranquilamente evitar esse conflito na Justiça. Ela simplesmente podia baixar um decreto, convocar o consórcio, fazer acordo e resolver o problema do camelô, só que infelizmente o caminho não foi esse, e a prefeitura vem dando paliativos, carências, fez um recadastramento, pediu ao consórcio que liberasse os boxes do camelô no período de agosto, e que mantivesse o condomínio, só que essas não foram soluções definitivas e a própria prefeitura definiu que teria que ser na Justiça, porque foi feito um contrato, ainda que a gente tenha assinado sem querer, pois como todos acompanharam, em 2019, a gente trabalhava no centro da cidade, chegamos pela manhã e não tinha mais barracas por que haviam tirado, então a gente não tem como dizer não e assinamos forçados”, destacou a presidente da Adecam.

Ela informou também que o consórcio continua lacrando os boxes dos permissionários, contrariando um entendimento da Justiça.

“A decisão da Justiça é que todo camelô associado à Adecam fosse contemplado com a não lacração do Box e a devolução. Tem um problema nesta decisão, porque quando a Justiça notificou o consórcio, a concessionária tem em mãos apenas a ata da fundação da associação, só que esta ata não é a de associados. Então estou enfrentando um problema, porque quando fui à administração, a advogada do consórcio dizia que os camelôs que estavam no sistema não eram associados. Só que nosso questionamento é que eles não estão acatando a relação que estamos apresentando ao consórcio e já levamos essa questão para a Defensoria, que peticionou o processo e vamos tratar também sobre isso aqui. Eu trouxe muitos documentos, durante o tempo em que estamos nessa luta, tem ofícios em que a gente solicitou reunião com a prefeitura, tem ata da associação, listas de assinaturas, acordos com o camelô”, disse.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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