Funcionários da R.Carvalho solicitam bloqueio dos bens da empresa

^{Roberta Costa}

Na tarde desta quarta-feira (27), funcionários da empresa R. Carvalho se reuniram na Praça da Kalilândia, para discutir a situação da categoria. Segundo Florisvaldo Campos, coordenador da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) em Feira de Santana, a construtora afirmou na reunião que aconteceu na semana passada, que os pagamentos das rescisões dos funcionários seriam pagos hoje, o que não aconteceu.

“Os representantes da empresa disseram que não tem condição de pagar os salários atrasados”, disse Florisvaldo. Os funcionários da R.Carvalho que foram contratados pela Tenda começam a receber os pagamentos ainda nesta quarta.

Com esse impasse, os trabalhadores, recorreram ao Ministério Público, solicitando o bloqueio dos bens da R.Carvalho. Assim, a empresa será obrigada a fazer um levantamento de todos os bens que possui. Paulo Soares, advogado de cerca de 40 clientes da R.Carvalho, também entrou com a ação solicitando o bloqueio dos bens da empresa e pediu a sensibilidade da Caixa Econômica Federal, para que a situação seja resolvida o quanto antes e os clientes não sejam prejudicados.

A ação foi movida na semana passada pela Procuradora do Trabalho Analise Fonseca Leal, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Madeireiras de Feira de Santana. Os bens estão à disposição da Justiça.

Segundo a advogada do Sindicato Solange Izabel Pacheco Martins, a liminar tem como objetivo resguardar os direitos dos trabalhadores “mesmo com a morosidade da justiça e ainda cabendo recurso por parte da empresa, essa liminar favorável não deixa de ser uma vitória da categoria”, afirmou.

Além dessas ações, os trabalhadores que pagam aluguel estão autorizados pela CTB a entrar nas casas da R.Carvalho se o impasse demorar e eles não receberem os salários.

“O dinheiro do aluguel é direito do trabalhador. Os trabalhadores estão autorizados, se a situação demorar muito tempo para ser resolvida, a entrar nas casas da empresa, porque sua esposa e filhos não podem ficar na rua”, finalizou Florisvaldo. Com informações do repórter Paulo José, do Acorda Cidade.