Política
Ministros Eduardo Braga e Helder Barbalho, do PMDB, entregam pedido de demissão
A informação de interlocutores do Palácio do Planalto é que ambos os ministros teriam ficado desconfortáveis com a situação do partido após o resultado da votação.
20/04/2016 às 14h11, Por Rachel Pinto
Acorda Cidade
Agência Brasil – Os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, filiados do PMDB, pediram demissão à presidenta Dilma Rousseff. A decisão deles foi tomada três dias depois de a Câmara dos Deputados aprovar a abertura do processo de impeachment contra Dilma com amplo apoio da legenda.
A informação de interlocutores do Palácio do Planalto é que ambos os ministros teriam ficado desconfortáveis com a situação do partido após o resultado da votação.
No momento, dos sete integrantes da legenda nomeados ministros, apenas dois permanecem nos cargos: Marcelo Castro, na Saúde, e Kátia Abreu, na Agricultura.
Além de Braga e Barbalho, o deputado Celso Pansera, que também é do PMDB e deixou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para votar contra o impeachment, não retornou ao cargo. O deputado Mauro Lopes, ex-ministro da Aviação Civil, votou favoravelmente ao impeachment e por isso também não reassumirá a pasta.
Um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves deixou o cargo um dia antes de o PMDB decidir deixar a base de apoio ao governo, no final de março. Na ocasião, o partido determinou que os ministros filiados ao partido deixassem o cargo.
Minas e Energia
Eduardo Braga entregou o cargo de ministro de Minas e Energia após conversar com a presidenta Dilma. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do ministério. A assessoria informou que o ministro deixa o cargo e vai entrar de licença médica, mas não soube precisar por quanto tempo. Nesse período, Sandra Braga (PMDB-AM), mulher de Eduardo, permanece como sua suplente no Senado. Após o período de licença médica, Eduardo Braga reassume a vaga no Senado
Senado
O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff está agora no Senado. Os líderes dos partidos começaram, na tarde de ontem (19), a fazer indicações dos membros da comissão especial que vai analisar o pedido de abertura de processo de impeachment na Casa. Logo após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conceder prazo de 48 horas para que os nomes sejam entregues à Mesa Diretora, os primeiros líderes anunciaram seus indicados.
Renan convocou sessão para a próxima segunda-feira (25) para a eleição dos 21 membros, que poderão ser indicados até a noite de sexta-feira (22) – considerando que amanhã (21) é feriado nacional e não conta no prazo.
O bloco formado por PSDB e DEM indicou os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). O bloco que reúne PTB, PR e PSC indicou os senadores Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrela (PTB-MG) como titulares.
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