Feira de Santana
Família busca apoio do Caps para livrar adolescente das drogas
A terapeuta ocupacional Vânia Silva falou sobre o acolhimento aos pacientes no local.
30/08/2016 às 11h25, Por Kaio Vinícius
Laiane Cruz e Ed Santos
Há cerca de um ano, a família de um adolescente viciado em drogas virou de cabeça para baixo. A irmã do jovem de apenas 16 anos relatou ao Acorda Cidade os momentos de dificuldades que ela e a mãe têm enfrentado. Segundo a mulher, que preferiu não ser identificada, desde que tudo começou, o irmão já praticou agressões, roubos e cometeu diversas atitudes ruins com os próprios parentes.
“Já abracei, já fiz de tudo por ele. Só que cada vez ele só leva a gente para a decadência. A gente já chegou ao extremo essa semana de se agredir, e ele só fala de dinheiro. Pra gente que tinha uma vida estabilizada, olha pra trás e vê que tudo que a gente tinha acabou, isso é uma consequência muito grande. Muita coisa aconteceu nesse um ano”, desabafou a mulher.
Ela lembra ainda de como o irmão era antes de se envolver com drogas. “Era uma criança inteligente, hiperativo, sorridente, que de repente se fechou. Acabou, se desfaliu todo. A nossa vida está assim: hoje a gente vive e amanhã não sabe se vai viver. E cada vez pior. Dentro de mim já acabou muita coisa”, conta com lágrimas nos olhos.
De acordo com ela, o irmão diz que tem vontade de deixar as drogas, mas acaba sendo influenciado por amigos. “Eu não sei o que acontece. Quando ele chega na escola e vê os colegas fazendo as coisas, ele também quer fazer. Ele quer mostrar uma coisa que ele não é, aí dentro de casa ele mostra uma personalidade, lá fora ele mostra outra”.
Em meio a tanto desespero, mãe e irmã buscaram atendimento para o adolescente no Centro de Apoio Psicossocial Doutor Gutemberg de Almeida (Caps Ad). Criado em 2003, a instituição pública é destinada aos cuidados de pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, como maconha, crack e cocaína, além de atender pessoas viciadas em cigarros.
A terapeuta ocupacional Vânia Silva falou sobre o acolhimento aos pacientes no local. “Os pacientes são encaminhados para unidade seja por um órgão de saúde ou por demanda própria. A gente tem três acolhimentos por turno todos os dias. É só trazer identidade, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência e ele é acolhido na unidade. Preenchemos um prontuário e, junto com o paciente, com a demanda que ele traz, a gente faz um projeto terapêutico individual”, informou.
De acordo com Vânia Silva, atualmente o Caps Ad possui 6.239 pacientes cadastrados. Eles recebem medicamentos e são avaliados por um médico. Ela afirma que no caso dos cigarros, têm pessoas que costumavam fumar de dois a três maços por dia. “Hoje se encontram em abstinência e continuam no tratamento com atendimento de referência, tratamento psicológico, para poder não voltar a fazer o uso”.
O Caps Ad está situado na Rua Prudente de Moraes, no bairro Ponto Central, na rua atrás da Igreja Batista Central. Os interessados em obter mais informações sobre o atendimento no local também podem entrar em contato através do telefone 75. 3625-3378.
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