Bahia
Entidades do agronegócio baiano querem mais rigor nas barreiras sanitárias do Estado
Preocupados com o anúncio, agricultores e pecuaristas do Oeste baiano se uniram para traçar um plano de ação, a fim de impedir que a doença ultrapasse fronteiras.
15/05/2019 às 08h07, Por Maylla Nunes
Acorda Cidade
Nas últimas semanas, alguns estados do Nordeste entraram em alerta após a vigilância e a fiscalização agropecuária identificarem casos de peste suína clássica no Piauí e Ceará. Preocupados com o anúncio, agricultores e pecuaristas do Oeste baiano se uniram para traçar um plano de ação, a fim de impedir que a doença ultrapasse fronteiras.
Representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e da Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia (Acrioeste) se reuniram para discutir o tema. A ideia é pressionar o governo do Estado a intensificar as barreiras sanitárias e fiscalizações da Adab, a fim de garantir o título de “zona livre” conferido à Bahia desde 2001.
“As entidades representativas do agronegócio do Oeste da Bahia, que englobam as atividades de agricultura e pecuária, estão preocupadas com a possível entrada da doença no Estado e seus desdobramentos. Por entender que isso impactaria em reflexos negativos em toda cadeia produtiva, nós nos antecipamos para fortalecer as ações preventivas. Vamos dar total apoio aos órgãos fiscalizadores para que as equipes possam ir a campo”, ressaltou o presidente da Aiba, Celestino Zanella, durante reunião.
De acordo com informações do Ministério da Agricultura, a peste suína clássica não é uma zoonose, ou seja, não pode ser transmitida aos seres humanos. Apesar de não representar risco à saúde da população, a situação é de alerta, já que é altamente contagiosa e mortal no reino animal.
Segundo estimativa da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), o rebanho suíno baiano é de aproximadamente 650 mil animais. A chegada da doença implicaria em um prejuízo expressivo não só para os criadores, mas para toda cadeia produtiva e também para o Estado, já que ocasionaria a queda da exportação da carne de porco e seus derivados. Isso também afetaria o mercado da soja, milho, milheto e sorgo, principais componentes para a ração animal.
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