Apresentação de proposta
Engenheiro relata os principais problemas da mobilidade em Feira de Santana
Durante a audiência foi feita uma apresentação com um diagnóstico da situação da mobilidade em Feira de Santana, com algumas propostas a serem analisadas pelo governo municipal.
14/11/2017 às 16h53, Por Maylla Nunes
Daniela Cardoso
Uma audiência pública foi realizada na manhã desta terça-feira (14) no auditório da Associação Comercial para discutir a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Feira de Santana. Durante a audiência foi feita uma apresentação com um diagnóstico da situação da mobilidade em Feira de Santana, com algumas propostas a serem analisadas pelo governo municipal.
O engenheiro responsável pelo projeto técnico, André Gustavo Fialho, informou que a apresentação foi focada nas propostas para que a prefeitura tenha material e possa discutir com a comunidade a preparação da cidade para o futuro. Ele destacou que o plano não trará soluções de imediato, mais para 10, 20 anos.
De acordo com o engenheiro, várias sugestões foram feitas pela comunidade e todas deverão ser respondidas. Ele disse que as sugestões serão analisadas e algumas serão usadas no Plano de Mobilidade Urbana.
“A prefeitura vai analisar, fazer sua crítica e vai evoluir na discussão com a comunidade. O plano técnico está praticamente concluído, foi entregue e daí pra frente é a avaliação da prefeitura e a discussão com a comunidade. A prefeitura que vai estabelecer o tempo, dependendo se vai querer fazer mais audiências, mais discussões. A prefeitura agora que vai tomar conta do projeto e saber o que vai querer executar, os custos, entre outros fatores”, afirmou.
Foto: Paulo José / Acorda Cidade
Problemas de mobilidade em Feira de Santana
O engenheiro responsável pelo projeto técnico, André Gustavo Fialho, falou sobre os principais problemas de mobilidade existentes em Feira de Santana. Segundo ele, um dos principais problemas é com relação aos pedestres.
Foto: Andrea Trindade/Acorda Cidade (Arquivo)
“Esse é um ponto chave, pois a lei de mobilidade exige que se dê prioridade aos pedestres e aqui em Feira as calçadas não são boas, os ambulantes invadem as calçadas, existe a necessidade de colocar semáforos de pedestres, passarelas, entre outras questões”, disse.
Outro ponto destacado por ele é a situação do transporte. De acordo com André Gustavo Fialho, já houve uma melhora com os ônibus novos que estão circulando na cidade, mas destacou que ainda precisa melhorar muito. “Tem que ser feita a licitação das vans para os distritos, melhorar o atendimento, entre outras coisas”, avaliou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade (Arquivo)
A pouca quantidade de ciclovias também aparece entre os problemas citados pelo engenheiro na mobilidade urbana em Feira de Santana. “Tem também a questão da ciclovia, que precisa aumentar na cidade, pois são muito poucas aqui em Feira”.
Algumas mudanças no trânsito da cidade também foram propostas no plano apresentado pelo engenheiro André Gustavo Fialho. “Estamos propondo vários semáforos novos no trânsito, fazer mão única em várias ruas que a mão dupla já não funciona bem, além de obras de futuro, como a Avenida do Canal, a restrição aos caminhões na área central e a restrição aos ônibus rodoviários”, afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade (Arquivo)
Ele também propôs mudanças no Centro de Abastecimento, especialmente devido a carga e descarga. “Já tem que se começar a pensar em ir para fora da cidade, pois alguns comerciantes são atendidos por grandes caminhões e já não cabe isso na cidade”, disse.
Sobre os investimentos, o engenheiro disse que ficará a cargo de uma análise do município. “São muitas propostas de investimentos e a prefeitura vai ter que fazer uma triagem e decidir o que realmente vai poder fazer em um curto, médio e longo prazo, depois estabelecer os investimentos. Nessa questão nós podemos propor, mas não podemos interferir”, informou.
Falta de participação da comunidade
Danilo Ferreira, que é diretor de mobilidade do estado, criticou a falta de espaço para a comunidade e o estado participar. Segundo ele, na audiência realizada nesta terça já foi apresentada uma proposta final do Plano de Mobilidade Urbana.
“Viemos para contribuir com a cidade, para mostrar que o estado precisa abrir espaço jurídico, criar condições para que seja possível a construção, no futuro, de metrôs e outros equipamentos para melhorar a mobilidade, assim como foi feito em Salvador. Viemos aqui e esperávamos que fosse apresentado um diagnóstico e a análise de um plano, mas recebemos um pacote final, fechado, sem ter sido sequer discutido com a sociedade”, criticou.
Segundo Danilo Ferreira, a comunidade como todo precisaria discutir sobre as propostas e citou como exemplo a condição atual do Sistema Integrado de Transporte (SIT).
“Será que os empresários estão satisfeitos com isso? E a população quer continuar com esse sistema? Nós não tivemos a oportunidade de dialogar com a prefeitura. Nossas portas estão abertas e em nenhum momento a prefeitura solicitou nenhum tipo de informação. Em uma metrópole como Feira de Santana, o estado pode contribuir”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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