Movimento de Organização Comunitária comemora 50 anos com auditório da Uefs lotado e muita emoção

^{Ney Silva e Rachel Pinto}

O Movimento de Organização Comunitária (MOC) comemorou 50 anos de existência e reuniu centenas de pessoas em uma cerimônia realizada na noite de terça-feira (17), no auditório central da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Parceiros, colaboradores, educadores e comunidade em geral participaram do evento que teve como destaque a palestra do filósofo e teólogo frei Betto e foi marcado por muita emoção, apresentações e homenagens.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O professor José Jerônimo de Morais, que é o atual presidente do MOC, destacou a importância da entidade e suas ações voltadas para o protagonismo do homem e da mulher do campo, o acesso à água de qualidade, a educação contextualizada de crianças e adolescentes do semiárido, além do fortalecimento e incentivo das práticas de sustentabilidade, agroecologia e relações igualitárias de gênero. Segundo o professor, o MOC foi criado na década de 60, por Albertino Carneiro que na época era padre, passou por esse período hostil e resistiu até os dias atuais com seu trabalho em três territórios. São eles: Território do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O MOC está a serviço das regiões da Bahia. Das três regiões que ele atua dentro do estado e tem também articulação com algumas instituições do Brasil e do Nordeste, sobretudo com a Articulação Semiárido (ASA) que trabalha a questão da defesa do meio ambiente do ponto de vista da água. O MOC está articulado com outras instituições no sentido de ir à base para que o povo tenha a sua dignidade e não fique na dependência de favores de políticos e companhia”, afirmou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Para José Jerônimo de Morais, comemorar 50 anos do MOC é comemorar toda a sua história desde meados de 1960 na paróquia do bairro Cruzeiro em Feira de Santana, seus projetos, todas as pessoas que estiveram envolvidas até chegar os dias atuais, onde mudam-se os contextos políticos e sociais, mas continuam as lutas e os movimentos. Com toda a sua serenidade e sabedoria de mais de 80 anos de vida o professor é sempre firme e enfático ao dizer que o MOC é movimento, é como água que corre e vida que pulsa. Nunca permace parado.Move-se, circula e segue adiante.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

 

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade