Feira de Santana

Rodada de negociação entre sindicato e empresas de ônibus termina sem acordo

Alberto pediu mais uma vez que seja feita uma auditoria nas contas das empresas para provar se elas têm ou não condições de aceitar as propostas.

19/05/2016 às 20h10, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

A quarta rodada de negociação entre o Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs) e as empresas de ônibus do transporte urbano terminou sem acordo. O encontro foi realizado na tarde desta quinta-feira (19), na sede do sindicato.

Os motoristas e cobradores estão em estado de greve, desde ontem (18) após assembleia, e ameaçam paralisar as atividades por tempo indeterminado caso não haja acerto satisfatório para a categoria, que reivindica reajuste salarial de 15%, além de reposição de horas-extras em 100%, mais contratações no quadro funcional, plano de saúde familiar, e uniforme sem custo para os trabalhadores.

O presidente do Sintrafs, vereador Alberto Nery, informou que solicitou intermediação da Procuradoria Regional do Trabalho e espera que haja um acordo para que a greve não ocorra.

“Desde a primeira rodada de negociação, de toda a pauta que encaminhamos, tudo foi não, não teve uma cláusula atendida. Até criar um espaço para pintura dos carros, para evitar que outras pessoas sejam atendidas pelo produto inflamável, eles não queriam atender. O encerramento da jornada do cobrador, que gasta de 30 a 40 minutos, eles não queriam conceder. Eles querem o que? Querem realmente paralisação”, disse.

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Alberto pediu mais uma vez que seja feita uma auditoria nas contas das empresas para provar se elas têm ou não condições de aceitar as propostas.

“Se eles mantiverem a posição mesmo com a mediação do Ministério Público, lamentamos pelo povo e Feira de Santana que tem sofrido bastante com o transporte coletivo, mas nós não teremos alternativas a não ser cruzar os braços. Estou no sindicado deste 1993 e sempre vi essa choradeira de empresas. Proponho que o poder público faça essa auditoria. Como as empresas faz investimento de 90 milhões de reais em Feira de Santana, compram 270 ônibus novos e não fazem estudo antes para saber se o que estava contido no edital estava de acordo com a realidade?”, questionou o vereador ao Acorda Cidade.

O empresário Rodrigo Rosa, da empresa Rosa, informou que as empresas estão tendo prejuízos de cerca de 600 mil passageiros por mês e que estão sem condições de aceitar a proposta do sindicato. Ele disse também que caso a situação não melhore, as empresas precisarão do apoio da secretaria para arcar os prejuízos.

“Estamos com dificuldades financeiras e qualquer custo adicional prejudica ainda mais a situação. O que eles pedem está totalmente fora da nossa realidade e o transporte clandestino está prejudicando ainda mais. O número de passageiros previsto no edital está muito menor e estamos buscando ajuda da secretaria na fiscalização dos ligeirinhos para atingir o número de passageiros, mas está difícil”, disse.

O sindicato aguarda retorno do Ministério Público do Trabalho com o agendamento da próxima rodada de negociação.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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