Cinema
Filme 'Sangue Azul' vence Festival do Rio; conheça outros ganhadores
O filme recebeu ainda os prêmios de melhor diretor e de melhor ator coadjuvante para Rômulo Braga.
10/10/2014 às 08h43, Por Kaio Vinícius
Acorda Cidade
Agência Brasil – O longa-metragem de ficção Sangue Azul, do diretor pernambucano Lírio Ferreira, foi o vencedor da 16ª edição do Festival do Rio e ganhou o Troféu Redentor. O filme recebeu ainda os prêmios de melhor diretor e de melhor ator coadjuvante para Rômulo Braga.
O longa, que foi rodado em Fernando de Noronha, trata de relações amorosas que envolvem a história de Pedro, que aos 10 anos foi separado da irmã, pela mãe, temerosa de uma relação incestuosa entre os dois. O menino é criado pelo ilusionista de circo Kaleb e se transforma em Zolah, o Homem-Bala, interpretado pelo ator Daniel de Oliveira. Já adulto volta à ilha onde morava com a família, e o passado vem à tona.
O prêmio de melhor ator ficou com Matheus Fagundes, que atuou em Ausência, e de melhor atriz foi para Bianca Joy Porte, pela interpretação no filme Prometo Um Dia Deixar Essa Cidade.
A cerimônia de premiação foi ontem (8) à noite, no Armazém da Utopia, zona portuária do Rio de Janeiro, e teve a apresentação dos atores Leandro Hassum e Deborah Secco. Durante a entrega homenagearam o ator e diretor Hugo Carvana, que morreu no último sábado (4), vítima de câncer no pulmão direito.
O ator Othon Bastos também foi homenageado e recebeu o Troféu Especial do Júri pelo conjunto da obra. O baiano, de 81 anos, brincou ao receber a premiação. Disse que, em geral, quando se recebe um prêmio no Brasil a pessoa perde o emprego, porque pensam que ela vai pedir uma fortuna para atuar, e destacou que isso seria ainda mais valorizado, uma vez que ele estava recebendo a homenagem pela obra completa.
Para a diretora do Festival do Rio, Walkíria Barbosa, a venda de mais de 250 mil ingressos para as sessões mostra o sucesso do evento, que reuniu 350 filmes de mais de 60 países, exibidos em 30 cinemas e espaços culturais da cidade. A programação da Première Brasil, que inclui a parte competitiva do festival, teve 69 produções, sendo 41 longas e 28 curtas.
Walkíria considerou que a transferência de parte da programação para o Cinépolis Lagoon, complexo de salas às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, foi uma decisão acertada. No ano passado, por causa das manifestações na Cinelândia, no centro da cidade, a organização do festival foi obrigada a trocar de última hora parte da programação do tradicional Cinema Odeon, onde costumavam ocorrer a abertura e o encerramento, além da programação da Première Brasil.
Vencedores do Festival do Rio:
Première Brasil
Melhor Longa-Metragem de Ficção – Sangue Azul, de Lírio Ferreira
Melhor Longa-Metragem de Documentário (Doc) – À Queima-Roupa, de Theresa Jessouroun
Melhor Curta-Metragem – Barqueiro, De José Menezes e Lucas Justiniano
Melhor Diretor De Ficção – Lírio Ferreira (Sangue Azul)
Melhor Diretor De Doc – Theresa Jessouroun (À Queima Roupa)
Melhor Atriz – Bianca Joy Porte (Prometo Um Dia Deixar Essa Cidade)
Melhor Ator – Matheus Fagundes (Ausência)
Melhor Atriz Coadjuvante – Fernanda Rocha (O Último Cine Drive-In)
Melhor Ator Coadjuvante – Rômulo Braga (Sangue Azul)
Melhor Fotografia – André Brandão (Obra)
Melhor Montagem – Luisa Marques (A Vida Privada dos Hipópotamos)
Melhor Roteiro – Murilo Salles (O Fim e os Meios)
Prêmio Especial Do Júri – Ausência, de Chico Teixeira
Prêmio pelo Conjunto da Obra – Othon Bastos
Novos Rumos
Melhor Filme – Castanha, de Davi Pretto
Melhor Curta – Bom Comportamento, de Eva Randolph
Prêmio Especial Do Júri – Deusa Branca, de Alfeu França
Prêmio Fipreci (Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica)
Melhor Longa Ficção: Casa Grande, de Fellipe Gamarano Barbosa
Melhor Longa Doc: Favela Gay, de Rodrigo Felha
Melhor Curta: Max Uber, de André Amparo
Outros Prêmios:
Mostra Geração – Finn, de Frans Weisz
Prêmio Felix – Dedicado ao melhor filme de temática LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) entregues no dia 6:
Melhor Documentário – De Gravata e Unha Vermelha, de Miriam Chnaiderman
Melhor Ficção – Xenia, de Panos H. Koutras
Prêmio Especial do Juri – Toda Terça-Feira, de Sophie Hyde
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