Com a chegada do inverno e o aumento das chuvas, é preciso redobrar a atenção em atividades ao ar livre, como trilhas em regiões serranas, cachoeiras e áreas de mata. Apesar de serem experiências revigorantes, essas aventuras trazem riscos que muitas vezes são subestimados, como escorregões em terrenos íngremes e molhados, picadas de animais peçonhentos, mudanças bruscas no tempo, além de acidentes causados por despreparo ou negligência.
Casos como o da brasileira Juliana Marins, que faleceu após uma trilha na Indonésia, reforçam a necessidade de orientação e precaução para quem deseja explorar a natureza com segurança. O bombeiro civil Flavyo Lima, que é técnico em segurança do trabalho e atua diretamente com protocolos de segurança em situações de risco, destacou alguns cuidados importantes que as pessoas devem ter antes de fazer trilhas.
“A pessoa deve usar roupas leves, não usar roupas escuras, porque, se acontecer um acidente, vai ser mais difícil localizar a vítima. Usar protetor solar, boné, equipamentos como apito, lanterna. Também é importante usar um calçado adequado, não esquecer da hidratação e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.”
Além da vestimenta e dos acessórios utilizados por quem pratica trilhas, outros cuidados importantes foram destacados por Flavyo Lima, como observar a previsão do tempo antes de iniciar a trilha e, principalmente, procurar uma pessoa habilitada para fazer a atividade.
“Quando for fazer uma trilha, procure pessoas que entendam de trilhas. Cada região tem suas dificuldades, por isso tem que ter muito cuidado. Além disso, a natureza sempre muda e a segurança é fundamental. As pessoas devem se cuidar, cuidar da natureza, observar os locais da trilha, verificar onde vão pisar, onde vão sentar,” alertou.
Em casos de acidentes com algum animal peçonhento, como cobras, o bombeiro orientou que a pessoa tente manter a calma, tire uma foto do animal que picou e vá imediatamente para uma unidade de saúde. Caso se perca em uma trilha, ele orienta que a pessoa não saia do local e aguarde por ajuda. “Se a pessoa sair do local, pode ficar mais difícil para a equipe de resgate encontrar.”
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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