Wagner: chegou a vez dos 'pequenos partidos' terem 'melhores ministérios'

Em meio às negociações entre o Palácio do Planalto e legendas da base aliada em busca da “repactuação” dos ministérios, o ministro-chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, afirmou nesta sexta-feira (1º) que “chegou a vez” de os “pequenos partidos” terem “os melhores ministérios” na Esplanada. O termo “repactuação” passou a ser usado pelo governo na última terça (29), quando o PMDB, principal aliado de Dilma no Congresso Nacional, decidiu romper com o Palácio do Planalto e entregar os cargos no Executivo – a legenda comanda seis dos 32 ministérios, além de cargos nos segundo e terceiro escalões. Desde então, Wagner, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, o assessor especial de Dilma Giles Azevedo e até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passaram a articular junto a aliados nomeações para cargos no governo. Na prática, o objetivo do Planalto é garantir o número mínimo de votos necessário para barrar o impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados (172). “Repactuar o governo é reorganizar a base de apoio. Nada a ver com compra de votos. Trata-se de ocupar os espaços vazios com novos partidos que ainda não tiveram oportunidade de ter cargo no primeiro escalão”, afirmou Wagner em declaração enviada pela assessoria dele nesta sexta. “Chegou a vez dos pequenos partidos sempre deixados para trás, devido ao PMDB, terem os melhores ministérios. O governo transformou um fator muito negativo em positivo”, acrescentou o chefe de gabinete da presidente Dilma. Nos últimos dias, integrantes da oposição adotaram discursos críticos à estratégia do governo de conseguir o apoio da base negociando cargos e liberação de emendas. Parlamentares chegaram a dizer que acionariam órgãos como a Procuradoria-Geral da República (PGR) para questionar a prática. as informações são do G1.