Mensagem: sexta-feira, 16 de março de 2018

Você venceu

Mensagem: sexta-feira, 16 de março de 2018 - Não importava tanto a colocação. Você lutava para construir a sua parte no edifício do destino. E foi seguindo. Sem perceber, arrastou com seu exemplo muitos que pensavam em ficar no meio do caminho.

Se lembra quando lhe disseram que a parada iria ser dura? Muitos nem tentaram. Muitos desistiram. Muitos desanimaram. Muitos falaram que não valia a pena. Mas você chegou onde queria.

Foi difícil, a pista estava escorregadia. Quantas pedras no meio do caminho. Não eram todos que aplaudiam. Alguns o olhavam com olhar de descrença, diziam:

– Coitado, é um sonhador.

Bolhas nos pés, tênis apertado, o suor escorrendo pelo rosto, a ladeira íngreme, e o dramático instante da dúvida:

– Paro ou continuo? Uma decisão apenas sua.

Alguns estavam caídos de cansaço e tédio. Havia ainda um longo caminho pela frente, e havia mais curvas do que retas.

Alguém o animou – Força, cara. Alguém o provocou – E agora, cara? Lembra? você teve uma enorme vontade de ir embora, de pegar suas coisas e dizer
– Tchau, pra mim chega, já dei minha cota, não tem mais jeito.


E virar as costas à luta, à incompreensão, ao sacrifício. Você teve vontade de ir para uma ilha deserta. Você olhou em frente, o horizonte era uma sombra parda. Mas mesmo nessa hora tensa, pelo sim pelo não, você não parou de correr.

Talvez tenha diminuído o tamanho do passo, porque ninguém é de pedra e o coração da gente não pode ser medido com trena e compasso. Mas você não parou porque sabia que no meio da multidão havia um recado mudo aguardando a sua decisão. De sua decisão dependia a esperança de gente que você nem conhecia.

Alguém esperava seu gesto de conquista. Vamos, rapaz, levante os ombros. Não deixe que se apague o brilho dos seus olhos. Escute o bater abafado do coração que insiste. Você está vivo, e não está vivo à toa.


Então você tomou fôlego, abriu o peito, e com os pés no chão e os olhos lá na frente, mandou ver.

Você se levantou, se lembra?

Recomeçou a corrida e quando, por fim, você chegou o suor de seu rosto parecia purpurina. Todos pensavam que você estivesse satisfeito por haver chegado. Então você recolheu os retalhos de suas forças e perguntou:

– Quando é que vamos disputar a próxima corrida?

E foi nesse momento que você venceu. Você chegou onde queria.

Não importava tanto a colocação. Você lutava para construir a sua parte no edifício do destino. E foi seguindo. Sem perceber, arrastou com seu exemplo muitos que pensavam em ficar no meio do caminho.

 

Fonte: http://www.coachviaconte.com.br