Rui evita atacar Bolsonaro e acusa membros do MP: 'Militantes políticos'

O governador Rui Costa (PT) afirmou, em conversa com a imprensa nesta quinta-feira (16), que o partido não tem intenção de “derrubar” nem de “bombardear” o pré-candidato à presidência do PSL, Jair Bolsonaro. Ele respondeu sobre a possibilidade de união da legenda com o PSDB contra o deputado, em um eventual segundo turno. “Não queremos derrubar ninguém. Queremos um Brasil melhor. Não fazemos campanha contra ninguém. Não faço campanha contra ninguém, nem no plano nacional, nem aqui. Acho que não constrói estabelecer adversários nem inimigos. Vou apresentar propostas. Não gosto dessa tese de tentar estabelecer um adversário e tentar bombardear esse adversário. Eu prefiro a tática que implementei em 2014, que é dizer ao povo como construir uma Bahia e um Brasil melhor”, disse, durante a inauguração do comitê eleitoral, em Salvador. O candidato à reeleição ainda acusou membros do Ministério Público de atuarem como militantes, após a Procuradoria Geral da República (PGR) ter pedido para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anular candidatura do ex-presidente Lula, na quarta-feira (15). Segundo o petista, o MP também teria pedido o arquivamento de investigação sobre superfaturamento de obras na Barra e criticou um senador de Minas Gerais pego com malas de dinheiro que vai se candidatar. “O que vai ficando claro é que algumas pessoas do Ministério Público estão atuando como militantes político-partidários. Quando uma acusação é contra o DEM e PSDB pedem arquivamento, como pediu vários. O cara diz que superfaturou obras aqui na Bahia, da Barra, e o procurador do MP pediu o arquivamento. Ele pediu, não foi o juiz que deu. Então a gente percebe que há um comportamento de militância político-partidária de alguns membros do MP que quando nome é filiado ao DEM ou PSDB pede arquivamento. Ou então não apressa o julgamento. O senador de Minas foi pego com malas de dinheiro e ele está escolhendo se vai ser deputado federal ou senador. Cadê o processo dele? Não julga? o MPF não tem pressa disso?”, disse Rui. Ele ainda citou o caso de um parlamentar que foi liberado para se candidatar, mesmo condenado em segunda instância. “Ontem um deputado que é desses partidos, que também foi condenado em segunda instância, teve liminar para ser candidato. Porque pode para ele e não pode para o Lula? É uma lei para o Lula e outra porque é filiado ao PSDB e ao DEM? O que é isso? Eu fico estarrecido com a instrumentalização do judiciário como ferramenta para partidos político”, afirmou o governador. Apesar de não ter mencionado o nome do deputado, na última terça-feira (14), João Rodrigues (PSD-SC), que não é filiado ao DEM e ao PSDB, foi liberado para deixar a prisão e se candidatar à reeleição, com liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).  As informações são do bahia.ba.