Rui aposta em eleição de mais de 300 candidatos a prefeito apoiados pelo governo

O governador Rui Costa demonstra otimismo em relação ao pleito eleitoral 2016, que acontece próximo domingo (2). Em coletiva de imprensa em Feira de Santana, nesta terça-feira (28), ele afirmou que o conjunto da base do governo fará mais de 300 prefeitos nos 417 municípios baianos. “Com os partidos da base, somados àqueles que formalmente nem estão na base, mas estamos apoiando as candidaturas, nós vamos fazer mais de 300 prefeitos”, projetou.

Pesquisas

Sobre as pesquisas eleitorais, o governador ressaltou que muita gente fica angustiada, mas se pesquisa definisse eleição, ele não teria sido eleito em 2014. “Não comento pesquisa, que só serve para duas coisas: enriquecer o dono do instituto de pesquisa e influenciar, tentar induzir e manipular a intenção de voto do eleitor. Ao invés de debater ideias e propostas, os candidatos ficam tentando induzir o eleitor. O que interessa para as pessoas é quais são as propostas e o que cada candidato vai fazer por sua cidade. Isso sim devia ser o centro do debate. Na Bahia, a tradição é que quem está na frente da pesquisa geralmente perde a eleição”, assinalou.

Bois de piranha

Para Rui Costa, os candidatos as eleições 2016 foram uns verdadeiros “bois de piranha”, por servirem como “cobaia” das mudanças na legislação eleitoral feitas, segundo o governador, em cima da hora. Passadas as eleições municipais, o Congresso Nacional precisa, de acordo com Rui, rever, as mudanças junto com uma reforma política no Brasil. “O nosso país não terá futuro longo se continuar com 40 ou 50 partidos políticos. Isso não existe. Não tem exemplo no mundo que tenha 30 partidos na câmara federal. O que existe, infelizmente, é que se descobriu o mapa da mina. A fundação de partido hoje virou uma fonte de alta renda para quem funda o partido. Você funda um partido hoje e no mês seguinte recebe milhões do fundo partidário. Já ganha tempo de TV na época da campanha para negociar ou ceder o tempo do partido versus o recebimento de vantagens econômicas. Isso é uma vergonha e precisa acabar. A política precisa voltar a ser de gente séria, que cuida das pessoas. Não há governo que consiga governar com trinta partidos chantageando qualquer governante que esteja na cadeira. O país precisa rever essa legislação”, reforçou. (Orisa Gomes, com informações do repórter Ed santos)