Projeto da Universidade Federal de Feira de Santana é apresentado

Segundo o diretor do campus, o projeto de uma Universidade Federal busca fortalecer Feira de Santana em um polo educacional de referência.

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PROJETO DE UNIVERSIDADE FEDERAL É APRESENTADO - FOTO Nathalia Oliveira
Foto: Nathalia Oliveira/Diretora Executiva do Instituto Pensar Feira

Na terça-feira, dia 3 de junho, foi realizada uma reunião com o objetivo de apresentar a proposta que prevê a implantação de uma Universidade Federal com sede em Feira de Santana, a partir da expansão do campus da UFRB já existente no município.

Estavam presentes na reunião, Jacson Machado (diretor do campus da UFRB em Feira de Santana), Odair Vieira (vice-diretor), Fábio Lora (presidente da Comissão Especial da Nova Universidade), Nathalia Oliveira (diretora executiva do Instituto Pensar Feira) e Dilton Coutinho, CEO do Acorda Cidade, chamado para integrar a Comissão Especial responsável pela elaboração da proposta.

Cabe relembrarmos que em agosto de 2024, foi assinado o Termo de Anuência que deu início ao processo de doação do terreno do antigo Serviço de Integração de Migrantes (SIM) para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Localizado na Avenida Centenário, nº 697, nas imediações da Lagoa Salgada, com uma área de 50.375 m².

Projeto da Universidade Federal em Feira de Santana

Segundo o diretor do campus, Jacson Machado, o projeto de uma Universidade Federal na cidade busca fortalecer Feira de Santana em um polo educacional de referência para o Nordeste e todo o Brasil.

“É a partir da expansão do campus da UFRB, que já existe como um embrião, com um investimento consolidado em torno de R$ 250 milhões, que vamos construir com a sociedade quais são as possibilidades de um projeto de universidade diferenciada, que agregue formação de profissionais voltados às necessidades do presente e do futuro, ampliando o desenvolvimento regional, a inovação e o fortalecimento tecnológico da região”, explicou o diretor.

PROJETO DE UNIVERSIDADE FEDERAL É APRESENTADO - FOTO Nathalia Oliveira
Foto: Nathalia Oliveira/Diretora Executiva do Instituto Pensar Feira

Jacson destacou ao Acorda Cidade que esse projeto visa trazer uma presença mais forte do governo federal por meio de uma política de Estado estruturante, baseada na educação como eixo de transformação social.

“Sobretudo, queremos ter o braço do governo federal promovendo uma política de Estado, que é o desenvolvimento da educação das pessoas a médio e longo prazo, por meio de um projeto de universidade, que é um projeto estruturante de sociedade”, afirmou.

O professor também pontuou que a ideia de uma Universidade Federal em Feira de Santana é antiga.

“Nos últimos quatro anos, fizemos um estudo de viabilidade técnica detalhado, olhando para os polos da cidade como indústria, comércio, serviços, saúde e educação. Identificamos as dores e lacunas da sociedade, e essa nova universidade é pensada exatamente para atender a essas necessidades, com foco no trabalhador, no jovem, oferecendo uma formação integral para aumentar a taxa de sucesso e resultado”, explicou.

Áreas prioritárias e impacto regional

Os estudos apontaram necessidades em quatro grandes áreas prioritárias: tecnologias, engenharias, saúde, tecnologias sociais, além da educação no campo.

PROJETO DE UNIVERSIDADE FEDERAL É APRESENTADO - FOTO Nathalia Oliveira
Foto: Nathalia Oliveira/Diretora Executiva do Instituto Pensar Feira

“Feira é uma cidade incrível, que impacta diretamente mais de 80 a 100 municípios. A maior parte dessa região é zona rural. Por isso, precisamos fortalecer a agricultura familiar e valorizar toda a riqueza que existe na zona rural. Queremos fazer um verdadeiro projeto de prospecção de talentos nas comunidades, para que esses jovens venham se formar e retornem às suas comunidades com novas perspectivas”, disse.

Jacson citou como exemplos de potenciais produtivos regionais a castanha de caju, a produção de polpas, o artesanato, os derivados do leite e o sisal.

“Eles se associam em cooperativas, se instruem, começam a gerar emprego e renda, se motivam, aumentam a autoestima. Fortalecemos uma cultura de que é possível o jovem, o adulto entrar na universidade e mudar sua vida”, destacou.

Desafios e próximos passos

Entre os desafios apontados para a concretização do projeto está a questão orçamentária.

“Existem dois grandes desafios. Um é o orçamentário, pois no Brasil essa questão sempre é delicada. Mas é um desafio que Feira de Santana, com sua força econômica e estrutura já existente, pode superar. Já temos patrimônio, imóveis, terreno, pessoal, contratos. Há um grande investimento inicial já feito, o que permite ao governo investir menos e obter um resultado maior em menos tempo”, explicou.

O outro grande desafio, segundo Jacson, é a união dos diferentes setores da sociedade.

“Precisamos unir a sociedade, os movimentos sociais, a classe produtiva, a classe política, a imprensa. Precisamos massificar o que já sabemos, que a educação é talvez o principal meio democrático das pessoas conseguirem progredir na vida pelo seu desenvolvimento, pelo seu estudo”, reforçou.

O diretor também falou sobre o terreno da BR-116 Sul, já escriturado em nome da universidade, e o terreno do antigo SIM, cuja doação foi considerada um marco importante para a futura universidade federal em Feira de Santana.

“Reconhecemos todo o esforço, empenho e visão do professor Josué da Silva Mello ao doar esse patrimônio para ser a base sólida da nova universidade federal. Isso perpetua a própria história do SIM, que em um momento importante acolheu o povo migrante, alfabetizou, profissionalizou e deu identidade a tantas pessoas”, frisou Jacson Machado.

Com informações do repórter e radialista Dilton Coutinho, CEO do Acorda Cidade.

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