Precisa ser muito ingênuo para não associar assassinato à trajetória de Marielle, afirma Jhonatas Monteiro do Psol

Militante de causas sociais e o representante mais conhecido do Psol em Feira de Santana, Jhonatas Monteiro afirmou ao Acorda Cidade que precisa ser muito ingênuo para não associar o assassinato da vereadora Marielle Castro, no Rio de Janeiro, à trajetória dela. Ocorrido na noite de ontem (15), o caso está em destaque em todo o país e choca pelos indícios de crime de execução. Jhonatas relata que enquanto mulher negra, moradora e ativista a favor das populações das favelas do Rio, Marielle “sempre atuou contra as violações que essas pessoas vivem, muitas vezes feitas pelos próprios agentes do estado” e denunciava essas ações, inclusive recentemente.

“Os indícios são muito claros da relação com essa trajetória”, reafirma e acrescenta que essas execuções escancaradas têm a ver com o momento político que o país passa. “A gente tem posições conservadoras se movimentando para buscar reprimir quem luta contra a exploração, repressão que o brasileiro sente na pele todos os dias e isso tem acontecido de maneira brutal”, frisa. Em reação ao crime, diversos atos estão acontecendo em todo o país, inclusive no Fórum Social Mundial, que acontece em Salvador e tem a participação de Jhonathas. O objetivo dos atos, segundo ele, é pressionar para que as investigações sejam feitas e o ato esclarecido. “Fora isso, a principal medida é seguir lutando. Até porque, quem pratica um assassinato como esse procura intimidar, e não vão conseguir”, enfatizou. (Orisa Gomes)