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Por que você deve evitar beber a água da torneira?

Após fazer uma investigação sobre a qualidade da água, a agência constatou que é possível beber água da torneira em São Paulo e no Rio de Janeiro sem risco de sofrer uma contaminação macrobiológica, passar mal ou ter diarreia.

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Você já bebeu água da torneira? Se respondeu não, então nem se arrisque! Se disse sim, evite fazer o mesmo novamente! Certamente, durante os últimos meses, você deve ter ouvido falar que a água fornecida aos moradores de São Paulo era a do volume morto, uma vez que o estado passa pela maior crise hídrica de sua história.

Ao escutar isso, você também ouviu pessoas falando que a água podia estar cheia de agrotóxicos e metais pesados, não? Pois saiba que, após uma pesquisa minuciosa feita pela Pública, agência de jornalismo investigativo, essa teoria tornou-se totalmente plausível e não vale somente para a água do volume morto, mas para a que a gente recebia em casa antes mesmo da crise.

Após fazer uma investigação sobre a qualidade da água, a agência constatou que é possível beber água da torneira em São Paulo e no Rio de Janeiro sem risco de sofrer uma contaminação macrobiológica, passar mal ou ter diarreia. No entanto, isso não significa que, a longo prazo, essa mesma água não esteja poluída ou jamais cause problemas de saúde.

Os poluentes tóxicos presentes na água

Diversos poluentes tóxicos estão presentes na água do abastecimento público. Estudos científicos relacionam o consumo desses ao aumento da incidência de câncer na população. Entre as substâncias químicas presentes na água que bebemos estão: antimônio, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cianeto, diclorometano, mercúrio, nitratos, triclorobenzeno; agrotóxicos como atrazina, endrin, DDT, simazina, trifluralina; e desinfetantes como cloro, alumínio ou amônia.

Na primeira norma de potabilidade da água do Brasil (1977), estavam presentes apenas 12 tipos de agrotóxicos, 10 produtos químicos inorgânicos (metais pesados) e nenhum produto químico orgânico (solventes) ou produtos químicos secundários da desinfecção domiciliar. Já hoje, o Ministério da Saúde fiscaliza os níveis de 27 tipos de agrotóxicos, 15 metais pesados, 15 solventes e 7 produtos químicos proveniente da desinfecção domiciliar. Essa mudança mostra um crescimento alarmante da poluição da indústria da água.

Segundo o jornalista francês Fabrice Nicolino, em entrevista dada para a agência Pública, os processos de transformação do líquido quebram moléculas tóxicas e criam resíduos desconhecidos. O que assusta é que, hoje, ninguém sabe o efeito dessas moléculas, No entanto, mesmo concentrações baixas de algumas substâncias podem ser perigosas para a saúde.

Alternativas para o consumo de água

Entre outras formas seguras e recomendadas de consumo estão as garrafas de água de marcas confiáveis, utilizar um purificador de água ou um filtro, ou então ferver a água antes de consumi-la.

Se quiser entender melhor sobre o assunto, clique aqui para conferir a reportagem completa.