Política

PF recebe comprovantes de pagamentos de empresa a escritório que, segundo delator, lavou dinheiro para o MDB

O advogado revelou, em delação premiada, que seu escritório foi usado para lavar dinheiro pago a Milton Lyra, apontado como operador do MDB.

Polícia Federal (PF) recebeu 10 comprovantes de pagamentos da empresa Pérola, do grupo Rodrimar, para o escritório de advocacia de Flávio Calazans. O advogado revelou, em delação premiada, que seu escritório foi usado para lavar dinheiro pago a Milton Lyra, apontado como operador do MDB. A Rodrimar disse, por meio de nota, que não participa da gestão da Pérola e que a empresa é controlada por uma multinacional. Disse, ainda, que está sendo alvo de "campanha metódica e oportunista", com "claros interesses não só políticos, mas também comerciais". Os depósitos, a que o blog da Andréia Sadi teve acesso, foram recebidos pela Polícia Federal no inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer editou um decreto em 2017 para beneficiar empresas do setor de portos, dentre as quais a Rodrimar. Em troca, a empresa teria pago propina. Temer nega. Em janeiro deste ano, Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito. Os depósitos de junho de 2014 a março de 2015 são importantes, segundo os investigadores, porque confirmam informações prestadas na delação premiada de Flavio Calazans, também anexada ao inquérito. O delator afirmou que os depósitos eram de "contratos fictícios firmados entre o escritório de advocacia" e a empresa Pérola. Calazans revelou que seu escritório serviu como uma espécie de centro de lavagem de dinheiro para Milton Lyra. As operações, segundo Flávio Calazans, eram para Lyra "gerar caixa" para o esquema, e, por isso, "o dinheiro entrava na conta do escritório". Esse repasse da Pérola, segundo a delação premiada, entrou na conta do escritório de Calazans entre 18 de junho de 2014 e 20 de março de 2015, em 10 transferências mensais, no valor de R$ 37, 5 mil cada uma. No acordo, Calazans diz que “existia uma conta-corrente de operações entre ele e Victor Colavitti e Rodrigo Britto, sendo que o dinheiro que entrava na conta do escritório saía, imediatamente, ou alguns dias após, para contas indicadas por Rodrigo e Victor”. Rodrigo e Victor foram apontados por Calazans como intermediários de Lyra. “Afirma que 90% das operações realizadas por Victor e Rodrigo eram operações para Milton Lyra, sendo que precisavam 'gerar caixa' e, por isso, o dinheiro entrava na conta do escritório e 97% a 95% eram devolvidos às contas por eles indicadas”, diz um trecho do depoimento do advogado. Leia mais no blog da Andréia Sadi/G1.

Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.