Neto diz que Ciro e DEM não são incompatíveis

O prefeito ACM Neto (DEM), presidente nacional do DEM, comentou, na tarde de ontem, as reuniões que teve com os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Em relação ao pedetista, o democrata disse que não considera a plataforma das siglas incompatível. “Primeiro, não considero que a plataforma dele seja incompatível com a do Democratas. Segundo, é bom dizer que foi uma primeira conversa que tivemos, uma conversa de aproximação. Uma conversa de troca de opiniões sobre o cenário político, e, claro, nesse momento, não se vai descartar nenhuma hipótese. O Democratas está aberto a conversar com todo mundo, exceto com o PT, o que não faria sentido”, disse, em entrevista coletiva após inauguração da nova sede do Abrigo D. Pedro II. O presidente da Câmara dos Deputados e presidenciável do DEM, Rodrigo Maia, também participou do encontro realizado na noite de anteontem, em Brasília. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Ciro fez uma avaliação do atual cenário eleitoral e ressaltou que sua candidatura não é totalmente alinhada com a esquerda e não tem preconceitos com partidos de outros campos políticos. Já na manhã de ontem, Neto encontrou-se com Alckmin, que frisou sua viabilidade eleitoral e pediu apoio do DEM na disputa pelo Palácio do Planalto. “Estamos conversando com todo mundo. Da mesma forma que conversei com Ciro, tenho conversado com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, estive com ele hoje [ontem] pela manhã. Conversei com Álvaro Dias. Rodrigo Maia é nosso pré-candidato e tem participado dessas conversas. Nosso objetivo é construir um projeto que possa impactar no futuro do Brasil, garantindo que o país saia dessa situação de crise e de caos”, disse Neto, minimizando as declarações polêmicas de Ciro contra o DEM. Na Argentina, neste mês, o pedetista disse que sua prioridade seriam as alianças com o PSB e o PCdoB para garantir a hegemonia moral e intelectual da chapa. “Não tenho por que olhar para o passado e condenar a pessoa. A pessoa pode amadurecer seus pensamentos. Não faço política olhando pelo retrovisor”, esquivou-se o democrata. “O que ouvi ontem foi outra colocação dele. O fato de sentarmos para realizar um jantar não significa que estaremos juntos. Significa que possa haver uma aliança futura. Caso Rodrigo não seja candidato, o partido tem diversas opiniões internas, e eu, como presidente do partido, me cabe captar o sentimento da maioria e traduzir isso em aliança política”, acrescentou. As informações são Tribuna da Bahia.