Maia afirma que governo desistiu de questionar decisão sobre Dilma

O presidente da República em exercício, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (1º) que o governo não vai mais estimular partidos aliados a recorrer da decisão do Senado que garantiu à ex-presidente Dilma Rousseff o direito de exercer cargo público ou se candidatar em eleições, embora tenha sido condenada por crimes de responsabilidade no julgamento do impeachment. Logo depois que o Senado tomou a decisão, nesta quarta (31), o assunto foi discutido no Palácio do Planalto. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi chamado e orientado a questionar a decisão e incentivar partidos governistas a fazerem o mesmo. Consultei advogados e juristas e acho que o governo não deve recorrer. O assunto está encerrado e agora é bola para a frente. Não é preciso mexer nessa ferida", disse Maia em entrevista à GloboNews – o deputado está no exercício da Presidência da República devido à viagem de Michel Temer para a China. Após a sessão que aprovou o impeachment, o presidente Michel Temer e ministros ouviram de juristas e receberam sinais do Supremo Tribunal Federal (STF) de que questionar a decisão poderia levar a corte a reabrir a questão central do processo: a cassação do mandato de Dilma. O assunto foi discutido também entre o presidente Michel Temer e Aécio Neves. O senador disse que o partido, do qual é presidente, ainda avaliava se levaria a questão ao STF – o que os tucanos anunciaram que farão nesta sexta. Diante das consultas, o governo baixou o tom nos bastidores e ministros trabalham para esvaziar a operação de levar o assunto ao STF. A avaliação é que, mesmo sem incentivo do Planalto, partidos da base farão o movimento, como o Solidariedade. Nesta quinta-feira (1), pelo menos duas ações foram registradas no Supremo Tribunal Federal (STF) com esse objetivo: uma de um grupo de 12 pessoas do qual faz parte um dos membros da família imperial e outra do senador Alvaro Dias (PV-PR). As informações são do G1.