A reta final da campanha acalora as discussões entre os postulantes. Mas em vez de um debate acirrado sobre os ideais para gestão municipal, em Salvador, os dois prefeituráveis à frente nas pesquisas – ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT), que por coincidência são os únicos postulantes bacharéis em direito – têm trocado uma série de ataques. O duelo na propaganda de campanha, por sua vez, se transforma em uma batalha na Justiça Eleitoral e até na Justiça comum. Como resultado, cortes nas inserções políticas e direitos de resposta se fazem frequentes. “Está ficando para Justiça decidir o que os candidatos têm que falar ou não. A gente tem vivido muito isso nessa quadra histórica, além da politização do Judiciário. Não vejo como saudável. Os candidatos deveriam evitar essa judicialização das eleições”, opina o advogado eleitorista Jarbas Magalhães, em entrevista ao Bahia Notícias. O fenômeno, segundo o jurista, é prejudicial para os eleitores, já que leva os candidatos a debaterem mais as questões partidárias e pessoais do que suas propostas para a cidade. “O eleitor cansa desse debate, que não é um debate de ideias. E o prefeiturável perde um momento importante”, explica. Em Feira de Santana, a disputa está no plano judicial entre os candidatos Zé Neto (PT) e José Ronaldo (DEM). O candidato democrata já perdeu dois dias de horário político para o petista.
Eleições 2012
Judicialização da disputa eleitoral não é interessante para os eleitores, dizem advogados eleitoralistas
O fenômeno, segundo o jurista, é prejudicial para os eleitores, já que leva os candidatos a debaterem mais as questões partidárias e pessoais do que suas propostas para a cidade.
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