Ideli diz que governo não aceita interferência de brigas internas

Durante visita ao Congresso Nacional nesta quinta-feira, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou que o governo não vai aceitar que disputas internas nos partidos aliados interfiram na manutenção de ministros. A ministra contou que há uma determinação da presidente Dilma Rousseff para tentar harmonizar a base na Câmara, mas preservando a independência das legendas, sem interferência partidária.As afirmações da ministras fazem referência principalmente ao PP, cuja bancada passa por uma disputa interna. Parte significativa dos deputados não apoia o ministro da legenda, Mário Negromonte (Cidades). Outra briga que preocupa o governo é no PMDB, já que alguns deputados peemedebistas estão insatisfeitos com a liderança de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o privilégio dado por ele a alguns parlamentares. A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), chegou a defender até a saída do ministro Pedro Novais (Turismo). "Tem uma determinação clara da presidente: os partidos têm suas independências absolutamente respeitadas pelo governo. Sob qualquer disputa interna não haverá qualquer interferência. Meu trabalho é buscar harmonizar e trabalhar pela unidade. É normal na vida partidária ter grupos. [A determinação é] Nem intervir na disputa interna e nem será permitido que a disputa afete a manutenção de ministros", afirmou Ideli Salvatti. A ministra criticou ainda a atitude do líder do PR, Lincoln Portela (MG), de assinar a CPI da Corrupção, dizendo que vai na "contramão" de todos os sinais que o governo vem dando para aproximação com a legenda. No Congresso, o PR declarou "independência". "Agora temos que ter um pouco mais de paciência. Vão ser mais alguns litros de saliva", afirmou. Depois de encontro com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a ministra disse ainda não acreditar que outros aliados façam o mesmo, assinando a CPI da Corrupção. As informações são da Folha.