Ex-assessor chama Pinheiro de 'oportunista' e 'conservador'

O ex-secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, usou sua página no Facebook para criticar duramente a desfiliação do PT do senador Walter Pinheiro, do qual foi assessor a vida toda no partido até ser escolhido para a equipe do então governador Jaques Wagner, em 2006. Apesar de dizer que a decisão do senador não lhe causou surpresa, Robinson questionou, de forma irônica, o motivo porque Pinheiro teria se desfiliado e disse que, como seus eleitores não tiveram resposta, “fica a dolorida sensação de um ato oportunista”. “A ausência completa de esclarecimentos aos seus eleitores e apoiadores, reproduz a prática conservadora que o mandatário não deve explicações a quem o elegeu. Seus eleitores gostariam de saber as motivações. De ordem programática?”, questionou Robinson, fazendo questão de lembrar que o senador foi eleito no embalo da popularidade do ex-governador Jaques Wagner e do ex-presidente Lula, em 2010. “O senador defende outro programa diferente do liderado por Lula e Wagner, que o levou á Brasília em 2010? Quais são suas ideias para o Brasil e a Bahia diante dessa crise? Ou seriam as críticas à conduta ética do PT? Como os seus eleitores não têm respostas, fica a dolorida sensação de um ato oportunista”, escreveu o ex-secretário, que começou no PT como um liderado do senador, do qual foi assessor desde quando ele se elegeu vereador em Salvador. Robinson prossegue acusando Pinheiro de “abandonar o barco” no momento mais difícil vivido pelo PT e o governo. “Quando o nosso projeto sofre o pior ataque de uma elite golpista, em meio a um ilegal processo de impeachment, que quer retirar do cargo a presidenta eleita por 54 milhões de votos, o senador Pinheiro abandona o barco. Sinto-me com vergonha alheia. Como se um irmão de luta cometesse uma falta grave diante dos nossos ideais de militância de toda vida. Não é ser filiado ou não ao PT. É a maneira, sem debate. É o momento inoportuno do ato para o PT e a para a esquerda”, disse finalizando com um ditado ameaçador: “Como diz o dito: antes um fim trágico, a uma tragédia sem fim”. As informações são do Política Livre.