E, tenho dito

Ao fazer o balanço 2015, durante evento em Salvador esta semana, o governador Rui Costa afirmou que na área de segurança muitos crimes fogem do controle do estado, a exemplo dos ocorridos em família. Para o chefe do executivo baiano, casos como esse dependem mais de valores adquiridos ou não por quem comete o delito, do que de ações governamentais. Também ressaltou que o fato de a Bahia aparecer com índice de homicídio superior ao de muitos estados brasileiros, em alguns casos se deve a forma como cada estado faz a estatística. Segundo o governador, enquanto alguns estados não incluem “crime a investigar” no índice de homicídios, na Bahia acontece o contrário. Mas por mais que o governador tente explicar, a sociedade não entende desta forma, porque, independente da forma como a estatística baiana é feita, o sentimento que predomina é o da falta de segurança e a expectativa para que esse quadro seja revertido. Devido ao alto grau de violência espalhado nos municípios e país, de um modo geral, as pessoas se sentem totalmente expostas à violência. Assaltos acontecem a qualquer instante e em qualquer lugar; carros são tomados de assalto, não se pode falar ao celular nas ruas… E essa violência, embora não seja é contabilizada, é sentida na pele e aterroriza as pessoas. Falta segurança e isso porque os investimentos na área não acompanham o crescimento dos municípios. Não podemos escamotear a verdade. Independente da modalidade de estatística, o que a gente precisa é de mais de investimento nesse setor.