Homicídio, perícia técnica, DPT
Ilustrativa | Foto: Redes Sociais

O comandante da 67ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), major Reis, comentou sobre o duplo homicídio ocorrido na noite de quinta-feira (30), no distrito de Maria Quitéria, em Feira de Santana. O caso também deixou dois homens baleados e socorridos para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

Segundo o major, os quatro homens, dois mortos e dois feridos, estavam reunidos dentro de uma residência por volta das 22h30, quando o autor dos disparos chegou ao local. O suspeito, conforme informações apuradas pela polícia, seria um antigo comparsa de uma das vítimas.

Major Reis
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Esses dois eram amigos e chegaram a ser presos juntos pela Rondesp Leste em 12 de julho deste ano, portando uma pistola e substâncias análogas à cocaína. No dia seguinte, ambos foram liberados. Ontem, o autor retornou armado e tirou a vida do próprio amigo, com quem havia sido preso”, relatou o major.

Ainda de acordo com o comandante, há indícios de que o crime tenha sido motivado por uma “queima de arquivo”. “Provavelmente ele foi até a residência para eliminar o ex-amigo, mas acabou atingindo um segundo homem e ferindo outros dois”, explicou.

Das quatro vítimas, apenas uma não tinha passagem pela polícia. “Os demais já tinham registros por porte de arma, drogas e arrombamento. O que não possuía antecedentes é usuário, e embora não tenha ficha, a conduta dele não é das melhores”, acrescentou.

O major também destacou que a violência entre integrantes de facções tem se tornado cada vez mais comum. “Estamos diante de uma situação em que o ex-amigo se torna o pior inimigo. Isso acontece quando um faccionado muda de lado e passa a conhecer as fraquezas do outro. Quem escolhe esse caminho entra num verdadeiro jogo mortal”, afirmou.

Durante a entrevista, ele também fez uma reflexão sobre a origem da criminalidade. “Não há relação entre crime e pobreza. O que falta é estrutura familiar. Muitos pais deixaram de acompanhar seus filhos e esperam que o Estado faça esse papel. A Polícia Militar tem feito o seu trabalho, mas não tem como resolver todos os problemas”, disse.

Sobre o alvo do ataque, o major confirmou que o principal objetivo do autor era o antigo colega. “Ele era o alvo. Não vou citar nomes por questão de investigação, mas o próprio amigo foi quem ele procurava eliminar”, pontuou.

As vítimas feridas permanecem internadas e, segundo informações da PM, não correm risco de morte. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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