Diretora da APLB diz que há vários tipos de assédio e esclarece mal-entendido com vereador

A diretora da APLB Feira, Marlede Oliveira, afirmou que não houve acusação de assédio sexual contra o vereador Isaías de Diogo (PSB), na sessão de segunda-feira (02), quando houve a discussão do Projeto de Lei que determinava a leitura da Bílbia nas escolas de Feira de Santana. Em entrevista ao Acorda Cidade ela declarou que foi assediada sim, mas não sexualmente.

“O que aconteceu na Câmara foi que eu estive lá para cobrar do vereador sobre o projeto 62, que falava sobre a questão da leitura da Bíblia nas escolas. Fomos lá saber direito sobre isto, eu como diretora da APLB e vários professores que estavam lá conosco. Chamei o vereador Isaías na presença de todo mundo, e inclusive vários repórteres viram ele chegando dando risada, procurando gracinha, me apertando, para que eu forçadamente desse um abraço nele. Eu não posso dar um abraço em uma pessoa que eu não tenho como amigo. Ele é inimigo dos trabalhadores, porque nos projetos deste ano para retirada de direitos, como a reforma da previdência municipal, aumento do enquadramento de três anos para seis anos, ele votou a favor, fazendo com que a categoria fosse prejudicada. Agora que eu fui assediada fui, mas há vários tipos de assédio. Temos assédio psicológico, o virtual, o moral, e quero saber o que aconteceu porque em momento algum eu disse que fui assediada sexualmente. Não dei nenhuma entrevista falando isso, a nenhum blog, site ou rádio, então estão fazendo uma campanha para desmoralizar a minha pessoa. Isso é muito grave e quem vai acionar a Justiça sou eu”, declarou.

Na manhã de ontem (4), no uso da tribuna da Câmara Municipal, o vereador Isaias de Diogo (PSC) disse que tentou cumprimentar a sindicalista de forma cordial.“Nunca cometeria um ato bárbaro desse”, destacou.