Detectores de metais não são prioridade em 2025; escolas terão catracas com reconhecimento facial, diz secretário

Após a aprovação do projeto que prevê a instalação de detectores de metais em escolas municipais de Feira de Santana, o secretário de Educação, Pablo Roberto, afirmou que a medida não está prevista no planejamento da pasta para os próximos anos.

De autoria do vereador Edvaldo Lima (UB), a proposta foi aprovada por maioria, em segunda discussão, durante a sessão desta terça-feira (9). Para se tornar lei, o projeto depende agora da sanção do Poder Executivo.

“Eu confesso que nós já começamos a falar sobre isso no início deste ano com a assessoria técnica da Secretaria da Educação e não foi colocado como uma prioridade ainda este ano”, afirmou o secretário.

Segundo Pablo Roberto, o foco atual da gestão é a implantação de um sistema de catracas com reconhecimento facial, que já está em fase de licitação e deve registrar várias informações dentro da rotina dos estudantes.

“O sistema vai garantir que os pais tenham a informação quando o aluno entrar na escola, quando sair da escola, onde a frequência será feita de forma automática via sistema, incluindo dados sobre os alunos que merendam, que fazem uso da refeição escolar. Todas as informações no que diz respeito às pessoas que adentram a escola estarão contidas nesse sistema. Esse outro, que é colocar essas barreiras de segurança, os detectores de metais, não é algo que está no nosso planejamento, a princípio, para o ano de 2025”, explicou ao Acorda Cidade.

A proposta dos detectores prevê que os equipamentos sejam adquiridos com recursos do Fundo Municipal de Educação, mas o secretário afirmou que não há espaço orçamentário para custear o investimento.

“No momento, não temos condições. Já estamos com nossos índices completamente comprometidos, seja da fonte 1 do Fundo Municipal de Educação, seja dos recursos oriundos do Fundeb. Estávamos em reunião com o prefeito discutindo o orçamento de 2026 e também não temos essa previsão, porque não é algo que constava ou que consta no planejamento da secretaria, nem para 2025, nem para 2026.”

Pablo ainda reforçou a importância de se discutir projetos que tenham o propósito de garantir a segurança da população, em especial os relacionados à educação, mas voltou a destacar que não estão nos planos da gestão no momento.

“Olhamos isso com o sentimento de reconhecimento dessa preocupação, mas não é ainda uma prioridade, até porque nós sabemos que esse sistema é oneroso e nós não dispomos de recursos no momento para fazer esse investimento.”

Outro ponto do projeto determina que a responsabilidade pelo uso dos detectores será da Guarda Municipal ou dos agentes de portaria das escolas. Pablo Roberto disse não poder falar pela instituição, mas ressaltou que, caso seja necessário, a corporação deve assumir a missão.

“A Guarda não se furtará a nenhuma missão que lhe seja dada para servir ao povo de Feira. Não sei se eles estão acompanhando, debatendo ou discutindo ainda essa situação. Agora, claro que, com o projeto vindo a ser aprovado, a Guarda Municipal, o comando da Guarda e o secretário vão sentar, debater e discutir. E, se essa for a missão, tenho certeza de que a Guarda vai encarar.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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