
Feira de Santana consolidou, em 2025, sua posição como motor econômico do interior da Bahia. Levantamento da Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (SETTDEC), com base em dados da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), revela que, de janeiro a agosto, o município registrou 2.328 novas empresas abertas, distribuídas em 19 segmentos econômicos.
O número reforça a tendência de expansão do empreendedorismo local, com média de 291 novos CNPJs por mês. “Os números demonstram a força do empreendedor feirense e a diversidade da nossa economia. Feira de Santana tem ambiente favorável para quem quer crescer”, avalia Márcia Ferreira, secretária da SETTDEC.
Feira de Santana tem alta generalizada em quase todos os setores
O setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas segue como o principal motor da economia local, com 903 novas empresas, equivalente a 38,8% do total.Em seguida vêm saúde humana e serviços sociais (288), atividades profissionais, científicas e técnicas (184) e atividades administrativas e serviços complementares (172).
| Segmento Econômico | Total de empresas | Participação (%) |
| Comércio; reparação de veículos automotores emotocicletas | 903 | 38,8% |
| Saúde humana e serviços sociais | 288 | 12,4% |
| Atividadesprofissionais, científicas e técnicas | 184 | 7,9% |
| Atividades administrativas e | 172 | 7,4% |
| serviços complementares | ||
| Construção | 122 | 5,2% |
| Alojamento e alimentação | 92 | 3,9% |
| Transporte, armazenagem e correio | 110 | 4,7% |
| Indústrias de transformação | 113 | 4,9% |
| Atividades imobiliárias | 82 | 3,5% |
| Educação | 64 | 2,7% |
| Informação e comunicação | 55 | 2,3% |
| Atividades financeiras e de seguros | 46 | 2,0% |
| Artes, cultura, esportee recreação | 41 | 1,8% |
| Outras atividades de serviços | 42 | 1,8% |
| Água, esgoto e gestão de resíduos | 7 | 0,3% |
| Agricultura, pecuária e pesca | 4 | 0,2% |
| Indústrias extrativas | 2 | 0,1% |
| Serviços domésticos | 1 | 0,04% |
| Total geral | 2.328 | 100% |
O dado reforça que a economia feirense é fortemente diversificada, mas com um núcleo comercial e de serviços muito robusto, responsável por quase 80% das novas aberturas.
Fevereiro é o mês mais dinâmico do ano
A análise mensal mostra que fevereiro foi o mês mais aquecido, com 360 novas empresas, seguido por janeiro (318) e julho e agosto (307 cada).O mês de junho, com 221 registros, teve o menor volume de aberturas, comportamento típico da sazonalidade do mercado.
| Mês | Novas empresas | Participação (%) |
| Janeiro | 318 | 13,7 |
| Fevereiro | 360 | 15,5 |
| Março | 287 | 12,3 |
| Abril | 263 | 11,3 |
| Maio | 265 | 11,4 |
| Junho | 221 | 9,5 |
| Julho | 307 | 13,2 |
| Agosto | 307 | 13,2 |
| Total | 2.328 | 100 |
Segundo Márcia Ferreira, o pico em fevereiro está ligado à regularização de empreendimentos no início do ano fiscal, enquanto os aumentos em julho e agosto acompanham a retomada de investimentos antes do segundo semestre comercial.
Saúde, construção e logística aparecem entre os setores que mais crescem
Embora o comércio continue predominante, o crescimento expressivo de setores estratégicos sinaliza um movimento de diversificação da base produtiva. O destaque vai para o setor de saúde humana e serviços sociais, que teve 288 novas aberturas, puxado por clínicas médicas, odontológicas e laboratórios.A construção civil, com 122 novas empresas, mostra vigor diante da retomada de obras públicas e privadas. O transporte e a logística também se destacam, com 110 novos empreendimentos, reflexo da expansão do e-commercee do papel logístico da cidade, que serve como entroncamento de rodovias federais. “Esses números mostram que Feira de Santana não depende de um único setor. Há crescimento em áreas ligadas à saúde, tecnologia, mobilidade e serviços de modo geral”, explica Márcia Ferreira.
Além dos segmentos tradicionais, há avanço em informação e comunicação (55), educação (64) e artes, cultura, esporte e recreação (41), todos associados à nova economia urbana e criativa. A secretária Márcia Ferreira destaca ainda o crescimento, embora discreto, de empresas em atividades ambientais e gestão de resíduos (7), reflexo de políticas voltadas à sustentabilidade e inovação verde.
Feira de Santana: cidade empreendedora
Com mais de 50 mil empresas ativas, Feira de Santana mantém um papel central na economia baiana. A cidade concentra negócios que atendem a mais de 80 municípios do interior e responde por uma parcela relevante do PIB estadual. Sua localização estratégica e o forte ambiente logístico e comercial consolidam o município como porta de entrada para o desenvolvimento regional. “Feira é hoje o centro do empreendedorismo baiano. O que acontece aqui reverbera em toda a região”, resume a secretária Márcia Ferreira.
O desempenho reforça que Feira de Santana está preparada para receber novas empresas e empreendedores que desejam sediar seus negócios na cidade. As políticas públicas implementadas pela gestão atual têm sido decisivas para facilitar a abertura de empresas, simplificar processos e estimular o investimento local, fatores que ajudam a manter o ritmo de crescimento e atração de novos empreendimentos. “Temos uma política ativa de incentivo à formalização e um trabalho contínuo de desburocratização, em parceria com a Juceb e demais órgãos estaduais e federais”, pontua Márcia Ferreira.
Com média mensal de 291 novas empresas e desempenho positivo em todos os principais segmentos, Feira de Santana confirma sua posição como capital do empreendedorismo baiano.A SETTDEC avalia que o desafio agora é sustentar o ritmo de expansão com qualificação profissional e apoio técnico, garantindo que o crescimento venha acompanhado de inovação e competitividade.
Com informações da Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom)
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