Feira de Santana

Comerciantes da Avenida Eduardo Fróes da Mota vivem incerteza após prazo de desocupação do Dnit

A medida é necessária, segundo o Dnit, para dar continuidade às obras de duplicação do trecho no Anel de Contorno.

Comerciante do Anel de Contorno
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O prazo de 30 dias dado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a retirada de comerciantes instalados às margens da Avenida Eduardo Fróes da Mota, o Anel de Contorno de Feira de Santana, expirou no último dia 16, mas até agora a situação segue indefinida.

A medida é necessária, segundo o Dnit, para dar continuidade às obras de duplicação da via. Os estabelecimentos, entre eles restaurantes, estão localizados em uma área que precisa ser desocupada para a execução do projeto.

Comerciante do Anel de Contorno
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O comerciante Thiago Silva Carvalho, que mantém um restaurante self-service no local há 35 anos, relatou ao Acorda Cidade que ainda não recebeu orientação oficial sobre como proceder.

“Até agora nada foi definido. O caso já está na Justiça, mas o Dnit não compareceu à audiência. Nosso advogado também não recebeu nenhuma resposta concreta”, afirmou.

De acordo com ele, a notificação determina que a distância mínima entre os estabelecimentos e a pista central seja de 35 metros. No entanto, a retirada pode representar o fechamento definitivo do restaurante.

Comerciante do Anel de Contorno
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Estive no Dnit e o engenheiro me disse que vai arrancar tudo, não tem negociação. O problema é que a gente não tem recursos para abrir em outro local. Terreno até existe, mas os preços são muito altos”, lamentou.

O comerciante, que emprega quatro funcionários com carteira assinada, diz viver momentos de apreensão.

“Tem gente comigo há mais de três anos. Todos estão nervosos, porque podem perder o sustento. A gente já tem uma clientela fixa aqui, são 35 anos de trabalho, mas não sabemos o que vai acontecer”, contou.

O restaurante funciona diariamente das 7h às 16h e oferece refeição a R$ 20, com churrasco como prato principal, atendendo trabalhadores de oficinas e mercados próximos.

Enquanto o impasse não é resolvido, Thiago e outros comerciantes da área seguem aguardando uma definição judicial ou administrativa sobre o futuro de seus negócios.

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