Dois dias depois que a delação que envolve 17 políticos baianos foi divulgada, o governador Rui Costa (PT) ainda não se manifestou sobre o documento. A assessoria do governo havia se comprometido a enviar, na noite de ontem, uma declaração oficial do mandatário sobre o conteúdo da delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Mello, que o coloca como beneficiário de R$ 10 milhões durante a campanha para o governo em 2014. Mas a resposta que chegou, através da Secretaria de Comunicação, veio em nome do ex-governador Jaques Wagner, padrinho político de Costa e que, segundo a delação, teria pedido recursos para o colega.

De acordo com a delação, receberam recursos: o governador Rui Costa e o ex-governador Jaques Wagner (PT), a senadora Lídice da Mata (PSB), o ex-ministro da Secretaria Geral da presidência Geddel Vieira Lima (PMDB), os deputados federais Daniel Almeida (PCdoB), Jutahy Junior e Antonio Imbassahy (PSDB), Lúcio Vieira Lima (PMDB), Antonio Brito (PSD), Arthur Maia (PPS), José Carlos Aleluia e Cláudio Cajado (DEM), Benito Gama (PTB), os deputados estaduais Adolfo Viana (PSDB) e Leur Lomanto Júnior (PMDB), o vereador Paulo Magalhães Jr. (PV), o ex-deputado Colbert Martins (PMDB). "Trata-se de uma delação repleta de inverdades", afirma Wagner, atual secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico da Bahia (Codes), que teria recebido R$ 10,5 milhões entre 2006 e 2010, segundo o delator.

Os valores indicados na delação referentes a políticos baianos oscilam entre R$ 50 mil entregues ao vereador Paulo Magalhães Jr. e ao deputado estadual Adolfo Viana, até os R$ 6,8 milhões repassados a Geddel Vieira Lima. A TARDE tentou, sem sucesso, contato com o ex-ministro. O deputado Antonio Imbassahy tampouco atendeu o telefone durante a tarde de ontem. A sua assessoria informou que o parlamentar viajou a São Luís para o enterro do deputado João Castelo (PSDB-MA), que morreu ontem pela manhã em São Paulo. Imbassahy, porém, encontrou-se com Temer. Sua assessoria afirmou que todas as doações recebidas nas campanhas do deputado foram registradas e são legais.

Em nota emitida à imprensa ontem, o deputado Aleluia afirmou que em 2010, quando foi candidato ao Senado Federal, a legislação não exigia que o candidato especificasse em sua prestação de contas o nome de quem fez a doação original ao partido, como começou a ser feito desde 2014. “Todos os recursos arrecadados e aprovados estão declarados no TSE”, garantiu o deputado que, segundo a delação, recebeu R$ 300 mil da Odebrecht. A senadora Lídice da Mata, que aparece como beneficiária de R$ 200 mil, declarou que todas as doações que recebeu foram dentro da legalidade. Lídice pediu que se explique o que é doação e propina. “Espero que tudo seja esclarecido rapidamente. Continuarei representando e defendendo a Bahia de cabeça erguida”, afirmou. (A Tarde)

Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.