Arthur Maia ainda não decidiu se deixará Solidariedade

O deputado federal Arthur Maia ainda não decidiu seu futuro partidário. Em entrevista à Tribuna da Bahia, o parlamentar, atualmente no Solidariedade, disse que ainda analisa as possibilidade de ingressar em uma nova legenda. “Não está nada definido. Estamos conversando”, resumiu. As conversas são com o PPS baiano. O partido deverá trocar toda a sua executiva estadual e em Salvador, uma das exigências do parlamentar para ingressar no Partido Popular Socialista. O PPS na Bahia passaria a ser comandado pelo diretor geral de Análise e Licenciamento da Secretaria de Urbanismo de Salvador (Sucom), Maurício Cesar, braço direito de Maia. O vereador Joceval Rodrigues, líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, passou a comandar o diretório municipal na capital baiana. Durante sua passagem pelo Carnaval de Salvador, Joceval informou que Maia aguardava apenas a abertura da janela partidária para trocar de partido sem risco de enquadrado na Lei da Fidelidade Partidária e perder o mandato. Mas, a possível ida de Maia para o PPS teria sido abortada após o deputado federal ser escolhido para integrar a Comissão Especial que analisaria o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).Aliado do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), Maia já manifestou publicamente ser favorável à saída de Dilma da Presidência da República. O Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha anulado a eleição da chapa alternativa para a comissão especial da Câmara destinada a analisar a continuidade do processo de impeachment e determinou que a votação para a escolha dos integrantes seja aberta. Entretanto, o próprio parlamentar informou que desistiu de integrar o colegiado. “Não quero ficar”, disse, o que pode confirmar a sua saída do Solidariedade, mas as discussões para a liderança do partido na Câmara dos Deputados pode, mais uma vez, adiar a sua saída do Solidariedade. Na próxima semana, partidos políticos que têm representação no Congresso Nacional escolherão seus líderes. Cabe aos líderes, por exemplo, indicar os membros que irão compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment de Dilma Rousseff.