Aliados discutem critérios usados por Jaques Wagner na reforma administrativa e na escolha de sucessor

Aliados e integrantes da própria máquina estadual dizem que a meta do governador Jaques Wagner (PT) é buscar nomes que preencham critérios técnicos e que não venham sair como candidatos na eleição de 2014. No entanto, para setores do PT e de partidos da base, isso será um equívoco. Na verdade, o sentimento em setores, sobretudo do PT, é que o líder petista teria que atuar nesse momento para conseguir montar um governo coeso, de projeção, que garanta a permanência no poder pelos próximos anos. Para algumas pessoas próximas ao petista, um conjunto de técnicos nesse momento, sem expressão política, não daria a visibilidade necessária ao projeto petista. O que se sabe é que a imagem pública do governador é o de um exímio articulador político, mas de um gestor público que precisa priorizar a eficiência administrativa. O sentimento dentro do próprio governo é que Wagner terá que se atentar ao momento político em curso na Bahia, ou seja, onde o prefeito de Salvador se apresenta como um jovem capaz de dar início ao processo reestruturação do serviço público, dando respostas às demandas da sociedade. Outro fator lembrado por integrantes da cúpula petista é que o governador já falou, em três ocasiões, que iria fazer as substituições de quem não estava com rendimento satisfatório. Ou seja, quem sair, sairá com a imagem de incompetente, de que não é um bom gestor.