Vírus sincicial respiratório pode causar bronquiolite e pneumonia em recém-nascidos; vacina deve reduzir internações neonatais, afirma Viep

Feira de Santana recebeu na última quinta-feira (4) uma remessa de 1.020 doses da nova vacina contra o vírus sincicial respiratório, a vacina é direcionada à gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. Esse é o primeiro lote recebido, o total previsto para a cidade é de 8.157 imunizantes.

A vacina serve para proteger o bebê de diversas enfermidades, que podem colocar a saúde em risco. Para entender melhor os perigos do vírus, o Acorda Cidade conversou com Verena Liberal, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Feira de Santana.

De acordo com a profissional, entre as principais doenças desencadeadas pelo vírus sincicial respiratório estão a bronquiolite e a pneumonia. Adoecimentos preocupantes principalmente para crianças neonatais, tendo em vista a fragilidade dos primeiros dias de vida.

“Como a gente tem cerca de 70% dos adoecimentos provocados por esse vírus, hoje a gente tem essa vacina que é uma forma de proteção. Essa vacina é oferecida para a mãe. A mãe cria anticorpos e esse anticorpos, esse fator de proteção, é transferido para o bebê”, explica Verena. 

Os profissionais acreditam que a vacinação irá reduzir significativamente o número de internações no primeiro mês de vida dos bebês. O município conta com 103 salas de vacinação já oferecendo o imunizante.

“O alvo nosso com essa vacinação é realmente reduzir os adoecimentos e as afecções respiratórias no bebê, porque já que o primeiro mês de vida é um mês de vulnerabilidade para esse bebezinho e qualquer adoecimento pode se agravar de uma forma impactante”

Para receber a dose, a gravidez precisa estar acima das 28 semanas. A gestante deve levar documento de identificação, cartão de vacinação, cartão do SUS e alguma documentação que comprove o tempo de gestação. A cada nova gravidez, a dose deve ser reaplicada.

“Nesse primeiro lote, nós recebemos 1.020 doses, já foram distribuídas para as unidades de saúde, as salas de vacina, e assim que chegar as novas remessas, a gente faz uma nova distribuição. Então, com os documentos, ela pode procurar a unidade de saúde e fazer a vacinação”, completou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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