Daniela Cardoso
A coordenação da Vigilância Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde não recebeu vacinas para a campanha de imunização contra a coqueluche em gestantes. O governo federal anunciou o crescimento de casos da doença em adultos na Bahia e em alguns outros estados, porém a coordenadora da Vigilância Epidemiológica em Feira de Santana, a enfermeira Francisca Lúcia Oliveira, explica que não há motivos para preocupação.
“Temos alguns casos em Feira de Santana, mas graças a Deus o número não está alarmante. O agravo é compatível com o período do inverno, mas a cidade está pronta para fazer ações preventivas e efetivas. Hoje temos nas nossas unidades de saúde uma fonte de prevenção, que é a vacina. Ela é uma medida preventiva que a gente utiliza”, destacou.
De acordo com a coordenadora, até o momento não existe nenhuma notificação de campanha e em nenhum local do Brasil tem vacina disponível para gestantes. Já com relação às crianças, a enfermeira destacou que a faixa etária de um ano pertence ao grupo suscetível a algumas doenças e que durante o inverno, os cuidados devem ser redobrados.
“Estamos em época de inverno e a melhor maneira é a prevenção. É importante evitar ambientes fechados e seguir o calendário de vacinação. Todas as unidades de saúde são capacitadas no atendimento de qualquer agravo. Qualquer paciente que chegar será atendido e se houver alguma suspeita da doença é feita a notificação, que será enviada à secretaria municipal de saúde”, afirmou.
Coqueluche em adultos
Apesar das crianças estarem em um grupo suscetível à doença, o número de adultos com diagnóstico de coqueluche tem aumentado. O secretário municipal de Prevenção à Violência, Mauro Moraes, descobriu que estava com coqueluche em fevereiro deste ano.
“A gente recebe a vacina enquanto criança e pensa que está imunizado para o resto da vida. Para minha surpresa, no mês de fevereiro comecei uma tosse e como eu tenho renite alérgica, tomei um xarope já recomendado por um médico. A tosse persistiu e comecei a ter uma sensação de falta de ar e a impressão era de que ia morrer sufocado. Procurei um médico e descobri a coqueluche”, relatou.
O tratamento foi feito com medicação e, de acordo com ele, a recuperação não foi fácil. “Foram seis meses. A pessoa não pode ter estresse, tem que ter repouso, beber muita água e, mesmo com o tratamento, ainda não me sinto tão confortável, pois sempre que tenho renite, a sensação é que a coqueluche pode voltar”, afirmou o secretário.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade