A trombose é uma condição caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos dentro das veias, geralmente nos membros inferiores, que podem comprometer a circulação e levar a complicações graves, como a embolia pulmonar. No Brasil, o tema ganha destaque em 16 de setembro, quando se celebra o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, instituído pela Lei nº 12.629/2012, com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos e a importância da prevenção.
De acordo com a cirurgiã vascular Dra. Caroline Ferragut Ricciardelli (CRM-SP 128830 | RQE 64094), especialista em Cirurgia Vascular, Endovascular e Angiorradiologia, a doença muitas vezes passa despercebida. “Os sintomas podem ser confundidos com dores musculares comuns, o que atrasa o diagnóstico. Inchaço, dor persistente, sensação de peso e vermelhidão em uma das pernas são sinais de alerta que não devem ser ignorados”, afirma.
Quem corre mais risco
Entre os fatores que aumentam a predisposição à trombose estão o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o uso de anticoncepcionais, cirurgias recentes e longos períodos de imobilidade, como em viagens prolongadas. Pessoas com histórico familiar da doença também devem redobrar os cuidados. “É uma condição multifatorial, que pode atingir desde jovens até idosos. O importante é reconhecer os riscos e agir preventivamente”, explica a médica, que integra o corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês, Vila Nova Star e São Luiz do Itaim, em São Paulo.
Como prevenir
A prevenção inclui hábitos simples, mas eficazes, como manter-se ativo, hidratar-se adequadamente, evitar longos períodos sentado e, quando indicado, utilizar meias de compressão. Em ambientes hospitalares, protocolos de prevenção também envolvem o uso de anticoagulantes em pacientes de risco. “A trombose pode ser evitada em muitos casos. Pequenas mudanças de comportamento, associadas ao acompanhamento médico, fazem toda a diferença”, destaca Caroline.
Importância da informação
A médica lembra que a informação é uma das maiores aliadas no combate à doença. “Ainda vemos muitos casos de trombose sendo diagnosticados tardiamente. Quando falamos sobre o tema, capacitamos pacientes a reconhecer sintomas precocemente e a buscar ajuda médica antes que surjam complicações graves”, conclui.
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