
No próximo sábado, dia 1º de novembro, a Fundação Hospitalar de Feira de Santana realizará uma triagem para a cirurgia de gigantomastias extremas (seios gigantes) no Ambulatório de Saúde da Mulher que fica na rua Caetité no bairro Jardim Cruzeiro (próximo ao Hospital da Mulher).
Em entrevista ao vivo no programa Acorda Cidade, Gilberte Lucas, presidente da Fundação, explicou que este é o quinto mutirão, e que ao total 400 pacientes já foram operadas pelo programa. As pacientes aptas à cirurgia serão operadas entre 2026 e 2027.
“Quando a gente faz esse mutirão, é uma triagem que a gente faz para trabalhar com as cirurgias nos próximos 2 anos. Todas essas pacientes que vão passar pela triagem, elas vão ser as pacientes que vão ser cadastradas para estar operando em 2026 e 2027. Nossa relação daquelas pacientes do mutirão anterior já estão finalizando, a gente só falta operar 15 pacientes do do mutirão passado”

No sábado, serão distribuídas 500 fichas. As 300 primeiras pacientes serão atendidas no mesmo dia, as 200 restantes ficarão agendadas para passar pela triagem no dia 21 de março de 2026. Essa foi a forma que a unidade encontrou para conseguir atender a grande demanda pela cirurgia.
“Para evitar uma demanda muito grande, a gente sabe que a gente não tem condição de avaliar, por exemplo, 500, 600 pacientes num dia só e a gente vai fazer de uma forma organizada”
Para ter direito ao procedimento, a paciente deve cumprir os requisitos abaixo:
- Paciente com mais de 4 kg de mama
- Maior de 18 anos
- Com carência de recursos econômicos (Avaliado pela Assistente Social)
- Que já tiveram filho(s)
- Que residam no município de Feira de Santana – Bahia
Gilberte alertou que estar dentro dos requisitos exigidos é fundamental para ter o procedimento aprovado, pois todas as etapas serão verificadas pela equipe. Ela reforçou durante a entrevista que frequentemente acontece de pessoas que não estão dentro das regras se candidatarem e acabam ocupando a vaga de quem está realmente apto.
“A equipe de serviço social vai à residência, por exemplo, das 97 que foram selecionadas do mutirão passado, 12 não eram de Feira. Então isso acaba prejudicando até o fluxo, porque 12 pacientes que foram selecionados, ocupou o espaço e a gente tem que chamar de novo”
Gilberte alertou também que o procedimento não é uma cirurgia apenas com objetivo estético, por isso a triagem e todas as etapas anteriores se fazem necessárias.
“Quando a gente fala 4 kg de mama, é uma avaliação técnica do médico cirurgião, porque é uma cirurgia de redução de mama gigante, não é uma simples cirurgia plástica. Então tem pacientes que vão para triagem para uma cirurgia plástica e não é. É um programa de redução de mama gigante”
Sobre o critério de que a paciente tenha filhos, ela explicou que pode haver exceções de acordo com a avaliação individual.
“A gente coloca uma maneira geral, mas existem casos que são avaliados individualmente. Vamos dar o exemplo de uma senhora, ela fez a cirurgia e ela nunca teve filho, mas ela tem 56 anos e ela não vai ter mais filho. Essa observação se dá porque quando é uma cirurgia de redução de mamas gigantes, a paciente acaba deixando de poder amamentar, e a gente é um hospital amigo da criança. Mas existem casos que são individualmente analisados. Existe pacientes, por exemplo, que fazem a declaração que informa que ela não quer ter filho”
É importante alertar que a triagem é justamente o primeiro passo para filtrar as pacientes que poderão ser submetidas à cirurgia, mas outros passos também precisarão ser realizados.
“É uma avaliação. O médico avalia, por isso que posteriormente sai aquela relação das pacientes que foram selecionadas. Então das 419 da triagem passada 107 foram selecionadas, as outras não estavam no critério”
São três etapas no total até a realização da cirurgia:
- 1ª etapa – triagem – avaliação médica e da assistência social (01/11/2025);
- 2ª etapa – visita domiciliar dos assistentes sociais para confirmação de dados e situação econômica;
- 3ª etapa – avaliação de exames pré-operatórios que permitam a realização da cirurgia.
“A terceira etapa é aquela que a paciente faz os exames médicos. Nos exames médicos, existe paciente, por exemplo, que na hora de fazer a mamografia identificou um câncer de mama. A gente tem casos que na hora de fazer os exames identificou que tava gestante, então ela não vai poder fazer a cirurgia naquele momento. Tem que primeiro passar pela endocrinologista, pelo cardiologista, pelo nutricionista”, orientou.
Concluindo, a profissional acrescenta que esse cuidado prévio garante a segurança das pacientes.
“Já foram realizadas mais de 400 cirurgias, não tivemos intercorrência nenhuma. Então, por isso que esses critérios são critérios técnicos e que devem ser seguidos”.
A triagem iniciará no sábado(1º) às 7h. Equipe médica, enfermeiros, técnicos de enfermagem, estagiários e equipe de apoio atuaram na ação.
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