Saúde

Terapias Integrativas começam a ser estruturadas na rede pública de saúde de Feira de Santana

A terapeuta Adriana Santana, que também participou do anúncio da implementação das terapias em Feira de Santana, disse que ficou muito feliz e que a implantação das PICS no município é como um sonho realizado.

Laiane Cruz

Foi realizada na manhã desta segunda-feira (13), no auditório da Secretaria de Saúde de Feira de Santana, uma audiência com profissionais de saúde para tratar da estruturação do processo de implantação das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no sistema público municipal.

De acordo com a enfermeira Cristiane Bastos, já foi feito um levantamento dos profissionais da Atenção Primária à Saúde que já realizam essas atividades em seus processos de trabalho, e foi solicitado também a eles que fizessem um levantamento de materiais.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Paralelo a isso, a gente tem um plano e começamos a fazer reuniões sistemáticas quinzenalmente com equipes para ver a questão da política municipal das PICS, estrutura essa política e as práticas em nosso município. Muitos desses profissionais que trabalham com as PICS são do Nasf e já trabalham nas unidades descritas a eles. Primeiro a gente tem que começar com um diagnóstico pontual, e a gente já tem também o Centro Pós-Covid, que vai ter também via regulação o atendimento com práticas integrativas. Vamos trabalhar a política e a gente está ampliando, porque as práticas integrativas são boas para várias ações, tanto no sentido de sequelas pós-covid, dores crônicas, fibromialgias e trata a qualidade de vida de uma forma geral”, afirmou a enfermeira.

A professora Susy Barboni, que mantém um núcleo com terapias integrativas na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), esclareceu que já existe a política nacional desde 2006 e a Pepics desde 2019, que já foi aprovada pelo governador Rui Costa, e agora deve seguir no sentido da implementação da política municipal.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Nada melhor do que na semana do aniversário de Feira de Santana para escolher começar e avançar na discussão da rede PICS. Tivemos aqui representantes de Salvador, representantes da Sesab, e como isso mobilizou. Então estou aqui como Uefs, como um dos membros do projeto Redes, e também como cidadã. Pra mim foi uma alegria muito grande, esse é o protagonismo que a gente espera da Secretaria de Saúde, porque as Pics têm que avançar sim.”

Suzy Barboni destacou que o núcleo montado na Uefs possui uma receptividade muito boa por parte dos alunos e são realizadas algumas oficinas que são abertas à comunidade.

“Principalmente antes da covid era um sucesso. Agora estamos com dois grupos online. Um deles tem 80 pessoas e o outro tem 50 pessoas, por aí a gente já tira o quanto que a população ama as PICS. Muita gente que compõe esses grupos não é de Feira de Santana. Temos gente de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, municípios vizinhos a Feira. Porque quando a gente lançou isso via Uefs, se espalhou como pólvora e a receptividade foi muito grande. As PICS não rivalizam, não substituem a medicina científica e academia. O indivíduo tem que fazer o tratamento médico convencional, e as PICS vêm para ajudar, potencializar a cura”, salientou a professora da Uefs.

A terapeuta Adriana Santana, que também participou do anúncio da implementação das terapias em Feira de Santana, disse que ficou muito feliz e que a implantação das PICS no município é como um sonho realizado.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Eu trabalho com várias terapias, como a fitoterapia, cromoterapia, gelterapia. São várias terapias voltadas à saúde, e tem a trofoterapia, que é voltada para a alimentação para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Eu fico muito feliz, será um sonho realizado, porque muitas pessoas serão beneficiadas com essas terapias”, afirmou.

Raoni Pereira, que trabalha com Reiki e massoterapia, acredita que esse é um momento extraordinário para Feira de Santana.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“É uma oportunidade gigantesca da população vivenciar, experimentar de maneira ostensiva as práticas integrativas e complementares de saúde, que têm aí um potencial tão grandioso de transformação, de equilíbrio e harmonia da vida”, destacou.

 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.