A partir de fevereiro deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) pretende disponibilizar no Programa Nacional de Imunizações (PNI) a vacina Qdenga do laboratório japonês Takeda Pharma, que vai proteger as pessoas contra o vírus da dengue. O anúncio foi realizado pelo Ministério da Saúde no dia 21 de dezembro, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a ofertar o imunizante gratuitamente.
Para esclarecer mais detalhes sobre a nova vacina, o Acorda Cidade conversou com a infectologista pediátrica Normeide Pedreira.
“Qdenga é uma vacina contra dengue produzida a partir de vírus vivos atenuados, ou seja, eles têm diminuído o seu poder de replicação, por isso não podem causar doença em pessoas que tenham a imunidade normal”, explicou.
Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2015, a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, foi a primeira vacina contra a dengue disponível no país, oferecida apenas pelas redes particulares. Ela não está incluída no PNI.
Com a aplicação do imunizante, pretende-se evitar 8 em cada 10 casos de dengue. Ela protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue dos tipos 1, 2, 3 e 4. A infectologista explicou quem poderá tomar a vacina. Gestantes e imunodeficientes não estão autorizados a usar.
“As pessoas elegíveis para a vacinação são aquelas entre 4 e 60 anos. Esse limite de idade deve-se à realização dos estudos que foram feitos nessa faixa etária. Por ser uma vacina de vírus atenuados, as pessoas que têm problemas de defesa chamadas de imunodeficientes, não devem tomar essa vacina. As gestantes também não estão autorizadas a usar. Em relação à amamentação, não há estudos ainda, então não é recomendado para a mulher que esteja amamentando. E as mulheres que estejam em idade fértil, tensionando o engravidar, devem aguardar um mês para programar sua gestação após a vacinação”, pontuou.
Segundo a infectologista, a vacina é considerada segura tendo em vista que ela tem poucas reações e que aquelas programadas não são graves. São reações mais leves que desaparecem espontaneamente ou através de medicações sintomáticas.
“De modo geral, se espera com maior frequência reações locais, como dor local, vermelhidão no local da aplicação, mas o indivíduo também pode apresentar febre após a vacinação. Essas reações costumam ocorrer dentro dos dois primeiros dias após a vacinação e elas se resolvem rapidamente. Como todas as vacinas, existem outras reações também que são pouco frequentes, mas que podem ocorrer”, explicou ao Acorda Cidade.
Existem algumas diferenças entre a primeira vacina disponibilizada e a Qdenga, explica a doutora.
“A diferença básica é que, para tomar Dengvaxia, a pessoa teria que comprovar que já teve dengue pelo menos uma vez. E, para o uso da Qdenga, essa vacina nova, não depende de ter tido a doença. Ou seja, quem nunca teve, ou quem já teve, pode tomar”, detalhou. A faixa etária da vacina francesa também é diferente, entre 9 aos 45 anos.
Além disso, a nova vacina é aplicada em duas doses com intervalo de três meses entre a primeira e a segunda, e a via de aplicação é a subcutânea, ou seja, é uma vacina injetável.
Na rede privada a Qdenga está custando em torno de R$ 400, segundo preço tabelado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O Instituto Butantan também está desenvolvendo uma vacina contra a dengue, a Butantan-DV. Há mais de 10 anos em fabricação, o imunizante chega em 2024 na reta final. Demonstrando eficácia de 79,6%, os voluntários seguem em acompanhamento até completar cinco anos de aplicação neste ano.
Com informações da repórter Iasmim Santos do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram
Poxa, se o imposto de renda eu conseguir restituir r$400,00 eu já compro essa vacina, tive em 2018 alguma arbovirose ate hoje não identificada, ate hoje sofro de dores articulares, principalmente quando tomo banho frio, ou no inverno.
Livrai nos do mal amem ..
Lá ele 1000x